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Grupo que faz parte de programa ouviu às explanações dos técnicos da cooperativa (Foto: Carina Marques)

Vale dos Lácteos quer ser ainda mais fértil e produtivo

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Há quatros anos, a Dália Alimentos instituiu o Programa Vale dos Lácteos. Trata-se de um projeto que reúne 63 produtores de leite das diferentes regiões de abrangência da cooperativa. Para dar ainda mais força às ações do programa, foi realizada uma reunião com os produtores das regiões de Roca Sales e Encantado, no dia 12 de agosto, na sede da Dália Alimentos. Participam 11 dos 12 produtores que integram o programa nessas duas regiões.

Além dos proprietários das propriedades diferenciadas, participaram do encontro todos os profissionais que integram a equipe técnica da Dália Alimentos responsável pelo acompanhamento técnico: os médicos veterinários Luciano Redü, Vanessa Calderaro Dalcin e Luiz Henrique Kaplan; o zootecnista Fernando Araújo; o técnico da área de Nutrição, Paulo Roman; e a técnica em agropecuária, Bruna Nardi. Todos estão envolvidos no programa por meio da assistência técnica prestada de forma intensiva nas propriedades que fazem parte do Vale dos Lácteos.

Durante o encontro, cada profissional falou sobre sua contribuição com as ações de assistência técnica e fomento da cadeia produtiva do leite. O zootecnista Fernando Araújo frisou que seis pessoas devidamente qualificadas estão à disposição dos produtores e que o apoio deve ser utilizado em casos de dúvidas e com frequência constante.

Lembrou que o programa Vale dos Lácteos é de livre adesão dos agricultores, entretanto, só participam aqueles que quiserem qualificar e melhorar a atividade leiteira. “Este grupo é composto pelos melhores, é bem selecionado e possui vários técnicos à disposição”, frisou. Para que haja uma plena sintonia dos trabalhos, Araújo pediu aos produtores que, em caso de dúvidas, não deixem de buscar a assistência técnica para saná-las. “É importante essa toca de informações com os técnicos para chegar aos resultados estipulados, que são de alavancar a produção.”

Cada produtor que congrega o Vale dos Lácteos recebe assistência técnica nas áreas de nutrição, genética – todos os animais são registrados na Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando) –, controle reprodutivo e qualidade do leite.

Em julho, a média de litros de leite por vaca/dia dos produtores que congregam o Programa Vale dos Lácteos foi de 28 litros. Segundo Araújo, este índice pode chegar ao volume de 30 litros diários por vaca caso seja feito um trabalho em equipe, entre produtor e grupo técnico. “Estamos com uma média bastante acima de muitos países da Europa”, lembrou o zootecnista, ressaltando que hoje o rebanho em controle é composto por 1.347 animais.

Cuidados

O médico veterinário Luiz Henrique Kaplan enalteceu os produtores, afirmando que “vocês são o que se tem de melhor hoje na empresa.” Disse que o momento do leite está bom e que o mercado está aquecido com a elevação dos preços e o fator qualidade em evidencia.

Araújo mencionou, ainda, o processo de criação de terneiras e novilhas. O veterinário Luciano Redü deu enfoque ao pré-parto e às instalações construídas adequadamente para o gado. Ambos solicitaram que os produtores não façam reformas e investimentos nas edificações sem consultar a equipe técnica. “Se o processo for realizado dentro dos padrões da Dália com certeza se evitará desperdícios”, disse o zootecnista.

Redü enfatizou a importância da vacinação, dos testes de brucelose e tuberculose e das instalações corretas para a vaca poder parir com conforto e segurança. “O manejo no pré-parto precisa receber atenção especial para evitar problemas posteriores.”

Vanessa falou do projeto de transplante de embriões, que garante uma genética de qualidade e melhores índices na atividade. “Isso vem ao encontro para suprir a necessidade de falta de genética. Uma alternativa para melhoramento genético mais rápido.” As vacas doadoras são oriundas do Vale dos Lácteos, após avaliação do programa. A veterinária explicou que o processo custa R$ 1,8 mil, mas só é pago caso houver prenhez confirmada de fêmea aos 90 dias. Sobre a qualidade do leite, enfocou o controle bacteriano e de células somáticas.

Foco na qualificação

O casal Vilson (47) e Elenir (38) Cagliari moram no interior de Relvado, em Linha Salvação. Participantes do Programa Vale dos Lácteos, possui um plantel com dez vacas em lactação da raça holandês, que produzem diariamente 280 litros de leite.

Na atividade leiteira de forma comercial há 13 anos, utilizam mão-de-obra familiar. O casal, com ajuda do filho mais velho Adnan (13), é quem executa os trabalhos na propriedade que também produz aves – são 14 mil cabeças.

Embora a média por vaca atinja altos padrões, beirando os 28 litros por animal, a equipe projeta o incremento da atividade para poder chegar à média de 30 litros. Há um ano, as instalações ganharam investimentos e melhorias, a alimentação é balanceada e o sistema de semi-confinamento auxilia no bem-estar e conforto das vacas.

O próximo passo, segundo Cagliari, é a utilização de embriões para garantir a genética dos animais, minimizando tempo. “O investimento é acessível e poderemos ter uma vaca boa em pouco tempo. É uma solução que aguardávamos há bastante tempo”, comemora.

CIC Vale do Taquari

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