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(Foto: Estevão Heisler/arquivo)

Setor primário é aposta para afastar crise

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A Administração Municipal busca alternativas para garantir a estabilidade econômica da cidade, visto a previsão da receita cair quase R$ 7 milhões neste governo se comparado à gestão passada. Fechamento da praça de pedágio em Picada May e queda no envio dos recursos estaduais e federais são os principais motivos da dificuldade financeira.

O Executivo aposta no setor primário, responsável por 78% da arrecadação de tributos. Apesar de limitar a concessão de incentivos desde janeiro do ano passado para conter despesas, o governo ampliou a oferta de terraplanagens para novos empreendimentos.

Nos últimos meses, o município fez 12 adequações em terrenos. Foram dois novos tambos de leite, um aviário e outros nove chiqueiros. De acordo com o secretário da Agricultura, Adair Leocadio Laux, o benefício prevê 1 hora e 30 minutos de serviço de maquinário para cada dez metros quadrados de área. Além disso, é feito o acesso às propriedades.

Entre os benefícios está a família Wessel, de Alto Linha Tigrinho. No ano passado, foram construídos dois chiqueiros, que alojam 956 suínos. Com o governo anterior, ganhavam mais dinheiro para a construção, afirmam os proprietários Paulo Wessel, 43, e Isolde Andreia, 39. Apesar disso, reconhecem a dificuldade. “Se o município não tem condições, precisamos entender”, reconhece Paulo.

O casal investe na propriedade pensando em garantir a continuidade da família na atividade. A família planeja construir um terceiro chiqueiro. O projeto está em elaboração e com a obra pronta oportunizará o alojamento de 2,1 mil animais. “O complexo será automatizados e exige pouca interferência. Basta monitorar se tudo está dentro do programado.”

Paulo e Isolde administram dois aviários. Juntos, alojam 38,7 mil frangos. “Deixamos tudo encaminhado para nossos filhos, caso queiram permanecer no campo”, conta Paulo. A propriedade tem 5,8 hectares e a construção de chiqueiros e aviários foi a melhor alternativa encontrada pelo casal para aumentar os lucros.

Incentivos limitados

Em virtude das dificuldades financeiras, o município alega que precisou limitar os incentivos aos produtores. Cortes ocorreram em janeiro do ano passado, gerando reclamações na comunidade. Na época, o prefeito Ricardo Kich disse que “seria falta de bom senso ver o orçamento cair e não fazer nada”.

Para o governo, todas as mudanças forma justas. Havia casos de produtores que geravam R$ 2 mil em receita e recebiam incentivos em R$ 6 mil. Entre as alterações foram suprimidos incentivos financeiros, definidos em um valor por metro de área construída, ampliações e reformas. Em compensação, o governo se dispôs a executar os serviços de terraplanagem para novos empreendimentos.

Cisternas garantem abastecimento

No segundo semestre do ano passado, a Administração Municipal construiu cisternas em dez propriedades rurais de Alto Linha Tigrinho, Picada Flor, Linha Atalho, Linha Orlando e Vasco Bandeira. O investimento chegou a R$ 104,4 mil, dos quais R$ 86,4 mil provenientes do Processo de Participação Popular e Cidadã de 2012 e o restante de contrapartida do Executivo.

Das dez cisternas de captação da água da chuva, seis têm capacidade para armazenar 120 mil litros, e quatro, 180 mil litros. Com a ação, o governo pretende garantir a continuidade das atividades nas propriedades rurais, superando a deficiência em época de estiagem. Além disso, também deve oportunizar redução nos custos de produção.

Produção

  • Avicultura – 78 aviários de corte e 4 de postura
  • Suinocultura – 27 terminadores, uma creche e 4 granjas de matrizes
  • Atividade leiteira – 300 famílias envolvidas e 11 milhões de litros produzidos por ano
  • Arrecadação – 78% do montante provém do setor primário

CIC Vale do Taquari

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