Vale do Taquari – O governo federal anunciou, no Diário Oficial da União de segunda-feira, dia 20, a redução das alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para extratos de guaraná e sucos de frutas utilizados na composição de refrigerantes. A cobrança havia sido autorizada pelo Ministério da Fazenda em outubro de 2012, durante a “safra” das bebidas. O fabricante diz que a medida não impacta nos preços mantidos desde a época. Na proposta do governo, os extratos de guaraná terão redução de 50% na alíquota do IPI, e os demais sucos, como os de uva, laranja e limão, por exemplo, terão o preço cobrado diminuído em 25%.
Para o diretor-presidente da Bebidas Fruki, Nelson Eggers, a medida vem fora de hora. O imposto subiu na época em que o produto era mais vendido – verão -, obrigando o fabricante a manter os preços congelados. “Nós estivemos com o ministro Guido Mantega na época do aumento do IPI, em outubro de 2012. Ele nos prometeu a redução em um mês. O anúncio saiu seis meses depois”, critica. Eggers faz parte da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (Abir), entidade que “encabeça” o pleito no Ministério da Fazenda.
Segundo Eggers, o valor de mercado dos refrigerantes foi mantido, esperando a redução de imposto. “Só que o porcentual que baixou não foi o mesmo. Usamos extratos de limão, uva e laranja, que recuaram apenas 25%”, argumenta. O “esperado”, segundo o diretor-presidente, era que o governo aplicasse a paridade de porcentuais entre os produtos extraídos de frutas para refrigerantes.
