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Lourdes iniciou a produção livre de agrotóxicos para consumo da família (Foto: Celso Carlos Prediger)

Produção de hortaliças é opção para quem tem pequenas áreas de cultivo

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O cultivo de hortaliças desponta na região como uma das possibilidades de rendimento para os agricultores familiares com áreas de cultivo restritas. O potencial de comercialização cresce, e a demanda faz com que muitos comerciantes tenham que recorrer a produtos vindos de outras regiões, como Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul.

No entendimento do engenheiro-agrônomo do escritório regional da Emater, Derli Paulo Bonini, o vale apresenta as particularidades que possibilitam esta atividade. Segundo ele, tanto a realidade fundiária, como a disponibilidade de água são favoráveis.

A procura por produtos orgânicos ainda é menor do que a do sistema convencional, destaca Bonini. E este sistema, garante ele, ganha força através de ações regionais com a estruturação de grupos de agricultores que tenham interesse em investir em produtos diferenciados. “O mercado existe, e é preciso que os agricultores se deem conta disso”, afirma o agrônomo.

Para dar impulso a esta área, a Emater já aperfeiçoa suas equipes técnicas para orientar nestas atividades, tanto que alguns escritórios da região já são referência quando o assunto é produção de hortaliças.

Trabalhos reconhecidos

Um destes exemplos é Arroio do Meio, que, com o auxílio do agrônomo André Michel Müller, desenvolve um trabalho já reconhecido na região, bem como Colinas, onde atua a técnica em agropecuária Lídia Dhein. Ela explica que, hoje, são oito agricultores que produzem nestes moldes e colocam seus hortigranjeiros na merenda escolar das escolas municipais, nas feiras do produtor e junto a pontos comerciais em municípios próximos. Lídia explica que a produção orgânica, por força de lei, precisa ser certificada. Este será um dos próximos passos do grupo que opera em Colinas.

O trabalho de certificação poderá ser organizada pelos envolvidos na produção, por meio do que se chama de Organismos de Certificação Solidária (OCS), pelos quais é encaminhada a normatização emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em Colinas, Lourdes Reni Scharb, moradora de Linha Leopoldina é um exemplo. Ela sempre se dedicou à produção sem agrotóxicos – no início, a finalidade era de alimentar a família e, há mais de quatro anos, quando entrou no grupo do qual é uma das fundadoras, começou a cultivar com o intuito de obter renda.

Produção de agroecológicos

Outro que integra o grupo Organismos de Certificação Solidária em Colinas é Cesar Cardoso, da localidade de Roncadorzinho, que aderiu ao programa há um ano, e sempre demonstrou vontade de produzir alimentos agroecológicos. Sua produção, no momento, é em pequena escala, e, para completar sua cota para entrega nos pontos de comercialização, adquire de outros dois, que também optaram pelo sistema.

Cesar mostra alguns de seus conhecimentos repassados pelo escritório da Emater, no combate a doenças e pragas. Para combater fungos, utiliza 20% de leite diluído em água; para o ataque de pragas, utiliza plantas repelentes, intercaladas na horta. Segundo ele, é possível produzir sem agrotóxicos a partir da elaboração de produtos caseiros que funcionam muito bem.

Produtos cultivados

A merenda escolar em Colinas é composta de 79 produtos diferentes. Confira abaixo algumas das espécies cultivadas e entregues às escolas.

  • alface
  • beterraba
  • rúcula
  • chicória
  • almeirão
  • repolho
  • couve-flor
  • rabanete
  • temperos diversos
  • moranga
  • tomate
  • beringela
  • feijão-de-vagem
  • couves
  • brócolis
  • ervilha

CIC Vale do Taquari

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