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Fiegenbaum, chefe de gabinete do prefeito de Estrela, e Nogueira da Rosa são cotados para assumir o controle do porto (Foto: Rodrigo Martini)

Ocioso, Porto aguarda nova diretoria

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O anúncio do novo diretor do Porto de Estrela é aguardado para esta semana. A indicação será do PMDB, que também deve assumir a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). Alguns nomes são cogitados para assumir o controle da estrutura construída às margens do Rio Taquari.

O desafio de reativar a movimentação de cargas e atrair novos investidores não será fácil. Em 2014, o local ostentou uma triste realidade e registrou os menores índices de aproveitamento entre todos os 33 portos organizados do país.

O desinteresse pelo modal piora a cada ano. Há seis anos, a SPH registrava mais de 750 mil toneladas transportadas pelo Rio Taquari. Durante todo o ano passado, o número foi de apenas 100,5 mil toneladas. O vizinho Rio Jacuí, por exemplo, movimentou 1,1 milhão no mesmo período.

Dados divulgados pela Secretaria de Portos do Brasil, órgão do governo federal, atestam uma situação ainda pior. Lá, consta apenas a movimentação no Rio Taquari de cargas desembarcadas no Porto de Estrela. Segundo os números oficiais, foram apenas 2,8 mil toneladas nos últimos 12 meses. Em todos os 33 portos e terminais do país foram 710 milhões de toneladas em 2014.

Os índices foram computados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e não chegam a surpreender. Isso porque a decadência do Porto de Estrela persiste faz pelo menos 20 anos.

No fim dos anos 80, a movimentação na estrutura inaugurada em 1977 chegou a 1,3 milhões de toneladas por ano. Foi o pico máximo. Em 2012, foram só 328 mil. No ano seguinte, 180 mil toneladas.

Sob controle do Estado desde agosto do ano passado, o porto aguarda por investimentos gerenciados pela SPH. A autarquia também é responsável, no Rio Grande do Sul, pelos portos de Porto Alegre, Pelotas e Cachoeira. Além do estaleiro de Triunfo, e da corresponsabilidade da estrutura localizada em Rio Grande. No ano passado, havia previsão de investimentos em Estrela. No entanto com a mudança de governo, líderes regionais aguardam pelos novos diretores da superintendência para reiniciar os diálogos.

Possíveis diretores

Um documento assinado pelos presidentes do PMDB nas principais cidades do Vale do Taquari sugeriu alguns nomes para assumir a administração do Porto de Estrela. O acordo tem ainda o aval de prefeitos e vice-prefeitos da região filiados ao partido, além do coordenador regional da sigla, Gilberto Keller. A sugestão foi encaminhada ao chefe da Casa Civil do governo de José Ivo Sartori, Márcio Biolchi. Deputados do partido também devem opinar.

O próximo administrador deverá vir mesmo de Estrela. O nome mais forte e que encabeça a lista do PMDB é o de Cliver Fiegenbaum, atual chefe de gabinete do prefeito estrelense, Rafael Mallmann (PMDB). No entanto uma possível intervenção de Mallmann poderia dificultar a ida de Fiegembaun.

Outro nome que surgiu nos bastidores é o do vereador licenciado e atual secretário de Obras, Cristiano Nogueira da Rosa. “Mas nossa indicação é pelo primeiro nome”, adianta o presidente do partido em Lajeado, Celso Cervi.

Saiba mais

  • A Navegação Aliança realizou só cinco viagens até Porto Alegre em 2014. Há 30 anos, eram 30 por mês;
  • Em 1987, eram 36 funcionários atuando no local. Hoje são só 12, e quase todos aposentados;
  • Nas últimas duas décadas não foram registradas contratações;
  • A construção do porto de Estrela demorou 23 meses e foi determinada pelo ex-presidente, Ernesto Geisel, entre 1975 e 1977;
  • Com 585 metros de extensão, o cais de acostagem possui seis berços para embarque e desembarque, além de dois armazéns graneleiros.

CIC Vale do Taquari

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