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III Fórum Internacional do Agronegócio Inovações da cadeia leiteira e reflexos da pandemia pautam palestras

Patrocínio

O processamento de leite nas indústrias foi o tema central do III Fórum Internacional do Agronegócio, realizado no dia 26 de novembro, com transmissão online pelo Youtube e via plataforma Zoom. O evento objetivou a apresentação de cases e novas tecnologias utilizadas mundialmente no setor agro, segmento chave na economia brasileira, especialmente no Estado do Rio Grande do Sul. Além de um panorama global do setor, os reflexos da pandemia na cadeia produtiva também receberam atenção.

Realização do Comitê Agro da Câmara Brasil-Alemanha, com apoio da Cooperativa Languiru e Ministério Alemão de Economia e patrocínio de Banrisul, o ciclo de palestras abordou “Perspectivas do cenário lácteo 2020-2021”, apresentado pelo secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini; “Rastreabilidade na cadeia de leite: case Leite Languiru Origem”, com a Dra. Katherine Helena de Oliveira Matos, consultora da SIG Combibloc; “As boas práticas na fazenda”, detalhadas pelo gerente de fomento do Setor de Leite da Cooperativa Languiru, Mauro Aschebrock; e “Soluções Banrisul para o Agronegócio”, com o Superintendente Executivo da Unidade de Expansão de Agronegócios, Fouad Fabio Said.

                Troca de experiências

                O diretor executivo da Câmara Brasil-Alemanha, Dietmar Sukop, lembrou a edição anterior do Fórum, sediada pela Languiru em 2019. O presidente da cooperativa teutoniense, Dirceu Bayer, destacou a importância da cadeia produtiva do leite para a pequena propriedade, característica na área de atuação da Languiru. “O leite representa aproximadamente 95% do nosso quadro social. Nesse contexto, a tecnificação das propriedades rurais é essencial para a sucessão rural e ganhos em eficiência e qualidade, aliada à evolução nos processos industriais.”

                Cenário

                A pandemia desafiou toda a cadeia leiteira em 2020, cenário que segue indefinido para o próximo exercício. Palharini falou de momentos de insegurança, com dificuldades para a indústria, mas defende o fortalecimento do agronegócio brasileiro diante da crise. “A cadeia láctea responde por 2,81% do PIB do Estado, equivalente a cerca de R$ 13,5 bilhões; somos o terceiro maior produtor de leite do país, com 4,27 bilhões de litros/ano; produtores de leite estão presentes em 98,8% dos municípios gaúchos”, enumerou, apresentando tabela comparativa de produção e enaltecendo indicadores do Vale do Taquari, “muito próxima de índices dos Estados Unidos e Europa”. Por outro lado, alertou para a redução no número de produtores. “Mais de 33 mil deixaram a atividade entre 2015-2019.”

Palharini também mencionou as importações de leite da Argentina e do Uruguai. “Nossa cadeia leiteira precisa ser mais competitiva, seguindo o exemplo da avicultura e suinocultura nesse aspecto”, disse. Ainda mostrou preocupação com a forte estiagem. “A safra 2019-2020 foi muito prejudicada, temos perda de produção.” Também citou a necessidade da implantação de políticas de estado com apoio de entidades empresariais para o desenvolvimento de projetos, como o de irrigação; e questões relacionadas à reforma tributária no Estado, que prevê redução de créditos.

                Mundo digital

                Katherine abordou o pioneirismo da SIG e da Languiru com a rastreabilidade digital do leite. “Isso promove segurança e transparência na cadeia de alimentos. Especialistas afirmam que veremos mais mudanças na produção de alimentos na próxima década do que nos últimos 30 ou 40 anos. O avanço da tecnologia torna a produção de alimentos mais digitalizada”, enumerou.

                A pandemia também trouxe consequências e acelerou tendências. “65% dos consumidores querem conhecer e saber a origem e processos de produção. Isso valoriza as marcas que compartilham, que contam a história dos seus produtos. O consumidor está muito mais conectado.” Valorizou o alto grau de diferenciação do Leite Languiru Origem, “de altíssimo valor agregado e qualidade superior, que usa a rastreabilidade para conversar com o consumidor e comprovar o seu valor, ao mesmo tempo que fortalece o orgulho dos produtores, fazendo a conexão deles com os consumidores da marca”.

                Boas práticas

                Antes mesmo da Instrução Normativa 77 (2018) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no ano de 2015 a Languiru implantou o programa de Boas Práticas na Fazenda (BPF), um conjunto de atividades, procedimentos e ações adotadas na propriedade rural com a finalidade de obter leite de qualidade e seguro ao consumidor, que englobam desde a organização da propriedade, suas instalações e equipamentos, bem como formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas.

“É preciso atenção desde o início da cadeia produtiva, pois ao longo do processo não é possível recuperar a qualidade. Com o BPF, além da qualidade, primamos pela segurança de todo processo, a sustentabilidade e o bem-estar dos animais e das pessoas. É possível mudar a ‘fotografia’ da propriedade rural com a organização de processos aliada ao acompanhamento técnico”, explicou Aschebrock.

                O gerente de fomento igualmente valorizou a inovação tecnológica no campo, mencionando os investimentos dos produtores de leite em ordenha robotizada e outras ferramentas. “Com todos os ‘atores’ envolvidos na cadeia produtiva fazendo a sua parte, é possível a entrega de um produto de grande qualidade. Inclusive, a Languiru bonifica financeiramente os produtores a partir de índices técnicos de qualidade da matéria-prima”, concluiu.

                Crédito

                Encerrando o ciclo de palestras, Said valorizou o agronegócio gaúcho. “Somos o 6º Estado com maior valor bruto da produção agropecuária, o 3º na produção de grãos, o 4º de maior receita pecuária e o 2º nas exportações do agro. A receita da cadeia agropecuária em 2019 foi de R$ 192 bilhões, o equivalente a 40% do PIB gaúcho.”, concluiu.

CIC Vale do Taquari

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