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Psiquiatra Cristiano Nabuco e médico oftalmologista Nédio Castoldi palestraram no Fórum de Saúde promovido pelo Núcleo Saúde do Vale da ACIE 3

Fórum debate uso saudável da tecnologia

Patrocínio

Com o objetivo de debater os impactos que o vício tecnológico pode causar na sociedade a Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E) por intermédio do Saúde do Vale – Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho promoveram o Fórum de Saúde. A programação ocorreu na sexta-feira, dia 22 de novembro, no Auditório do Sicredi Região dos Vales em Encantado.

A programação teve como tema central “O uso da Tecnologia: da diversão ao adoecimento”. Duas palestras fizeram parte do fórum: “O uso das telas afeta nossa visão?” com o médico oftalmologista encantadense Dr. Nédio Castoldi e “Como a tecnologia está influenciando o nosso emocional” com psicólogo paulista, doutor em psicologia clínica e PhD pela USP, Cristiano Nabuco.

O psiquiatra Fábio Vitória em nome dos nucleados da associação comercial agradeceu a presença de todos. “Nossa gratidão aos pais, patrocinadores, apoiadores para debatermos esse assunto tão importante”, disse.

A presidente da ACI-E, Renata Casagrande Galiotto, parabenizou o núcleo pela iniciativa. “Há praticamente um ano e meio o Núcleo vem trabalhando para desenvolver as empresas, mas principalmente para fazer de Encantado um lugar de referência em saúde na região alta do Vale do Taquari”, destacou.

No evento foram sorteados dez óculos 3D e dois pares de lentes de proteção da luz azul oferecido por lentes Zeiss, Centro Óptico de Encantado e Casa dos Óculos de Lajeado. O fórum contou com o patrocínio da Amar Mário Quintana, Ciamed, Clínica Novo Começo, Colégio Cenecista Mário Quintana, Corpo Clínico do Hospital Beneficente Santa Terezinha, Dália Alimentos, Sicredi e Univates, além do apoio do Baldo, Hospital Beneficente Santa Terezinha e Plano de Saúde São Camilo.

 

Luz azul

Castoldi falou dos efeitos biológicos da luz na neurovisão, explicando como funciona a visão e como o cérebro processa as informações que os olhos enxergam. Segundo ele, o excesso do uso de telas, seja de celular, computador, televisão ou outros sobrecarrega as crianças de estímulos sensoriais o que causa a inibição de redes neurais.

Outro ponto abordado pelo especialista é em relação à luz azul, a qual existe na luz solar, nas lâmpadas e nas telas. O excesso ativa o mecanismo de fotofobia cerebral bloqueando a melatonina. Para evitar, além de uma alimentação saudável é preciso reduzir o uso de computadores e celulares pelo menos duas horas antes de dormir à noite, usar filtro de luz azul ou filtro de tela nos computadores. Nos ambientes domésticos o aconselhável é utilizar lâmpadas que não tenham cumprimento de onda da luz azul.

 

Dependência da internet

Nabuco explanou sobre situações em que as pessoas não conseguem se descontar da internet, abordando como isso interfere na saúde mental, e também de aspectos ligados ao crime na internet. “Quer você deseje ou não tudo vai te levar para a conexão. Estamos usando de uma forma consciente a internet? Tudo leva a crer que não”, afirmou o psicólogo. Ele salientou ser fundamental criar mecanismos de autocontrole e de controle de acesso para crianças e adolescentes.

Conforme o especialista, a média que as pessoas checam o celular é de 110 vezes por dia. Três em cada quatro pessoas acordam no meio da noite para acessar as redes sociais. Outro dado é que 77% das famílias já discutiram por causa do celular. O doutor falou ainda de pesquisas que mostram que o uso de celular durante a gravidez aumenta o risco do aborto espontâneo em função dos campos eletromagnéticos. Outro estudo feito com 83 mil pares de mães e crianças em cinco países mostra que quando as gestantes fizeram uso de celular, após o nascimento uma parcela dessas crianças apresentou comportamentos em relação à hiperatividade. Concluíram também que o uso do telefone celular aumenta o déficit de atenção nas crianças porque o feto quando está sendo gerado mudaria a expressão gênica.

Sobre as redes sociais Nabuco fez um alerta. “Nós estamos de uma forma ou de outra sendo manipulados para navegar mais tempo e para locais que inicialmente não tínhamos interesse. Da forma como as coisas estão sendo conduzidas essa tecnologia está criando um efeito colateral muito perigoso. Muito mais para as gerações menores. O que se começa a observar é que esses jovens e crianças estão cada vez mais dependentes o tempo todo para se conectar”, comentou.

CIC Vale do Taquari

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