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Durante o encontro, o engenheiro agrônomo Carlos Bianchini fez um resgate da trajetória rural do município (Foto: Divulgação)

Evento celebra os 25 anos de Extensão Rural em Pouso Novo

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Um evento realizado na última sexta-feira, dia 24, no CTG Tropilhas da Serra, em Pouso Novo, celebrou os 25 anos de início das atividades de assistência técnica e extensão rural, executadas pela Emater/RS-Ascar, no município. O encontro contou com a presença de agricultores familiares, lideranças locais, técnicos, extensionistas e outras autoridades, estando entre elas o ex-prefeito Adilvo Buffé que, em 1990, foi o responsável por firmar o convênio que possibilitou a instalação do escritório da entidade em Pouso Novo.

Para Buffé, alavancar a agricultura era uma das grandes prioridades da administração municipal naquele período. “Não à toa, apenas 90 dias depois, já havíamos implantado o escritório local da Emater/RS-Ascar, pois tínhamos plena consciência da importância desse trabalho”, disse. Para ele, o momento é de festejar e de agradecer as atividades executadas, em muitos casos, diuturnamente. “Todo o dinheiro colocado nessa área pode ser considerado, sem sombra de dúvidas, um dos maiores investimentos já feitos, com vistas a qualificar a vida da nossa comunidade”, completou.

Durante o encontro, o engenheiro agrônomo Carlos Bianchini fez um resgate da trajetória da extensão rural do município. Em seguida, o técnico agrícola Charles Fantin apresentou as ações prioritárias para o ano de 2015, fazendo também um relato das atividades realizadas em 2014. A ocasião também serviu para prestar homenagem aos extensionistas que trabalharam no município neste período. Uma exposição de fotografias e a exibição de um vídeo realizado pela equipe de jornalismo da Emater/RS-Ascar também serviram como forma de homenagear o escritório aniversariante.

Nestes 25 anos, recorda Bianchini, foram diversos os serviços prestados à comunidade nas áreas econômica, social, ambiental e cultural, que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais. “Desde o início, a Instituição foi a responsável pela elaboração de políticas públicas nas mais diversas esferas, possibilitando o desenvolvimento do meio rural, a geração de renda, a promoção da cidadania, a inclusão social, a melhoria da autoestima das famílias e a busca pela sustentabilidade, algo que hoje, queremos reconhecer”, ressaltou.

Um dos pontos que merece destaque envolve a mudança de perfil das famílias de agricultores desde aquela época. No início dos anos 90, elas eram muito numerosas e produziam, na maioria dos casos, para subsistência, sendo os cultivos de grãos, como milho, soja e feijão, alguns dos principais produtos nas propriedades. “Foi a partir do início dos anos 2000, que se começou a trabalhar de forma mais intensa com a conscientização para o meio ambiente, com a adoção de hortas domésticas e de pomares ecológicos, com a criação de agroindústrias, com o desenvolvimento da produção leiteira e com o associativismo”, destacou Bianchini.

Uma das agricultoras presentes e que participou desse processo foi Verônica Pozzebon, da localidade de Arroio do Leite. Ao lado do marido Carlos, abandonou a produção de grãos no início dos anos 90, para investir em avicultura colonial e bovinocultura de leite. O fortalecimento do trabalho no campo possibilitou investir também na fruticultura, com ênfase na produção de peras, que são entregues por meio da cooperativa local. “Tudo isso só foi possível com o apoio da Emater, que nos ajudou no acesso às políticas públicas e também na parte técnica”, analisa Verônica.

A evolução também pôde ser vista no número de agroindústrias familiares criadas no período. Hoje são seis legalizadas e outras quatro com a documentação encaminhada. A jovem agricultora Carla Dalla Vechia resolveu permanecer na propriedade para investir na produção de queijos, por meio da Fiore d’Latte, empreendimento que mantém ao lado do irmão. “Hoje são comercializados 120 quilos de queijo colonial por dia”, comemora. O mesmo ocorre com a agroindústria Mariani, que produz pães cucas, massas, lasanhas, entre outros. “Como a minha mãe (Isolda) já produzia pra vender pros amigos e pros vizinhos, pedimos apoio à Emater na parte da legalização”, explica o jovem Marcelo Mariani.

Estiveram presentes no evento o prefeito de Pouso Novo, Luiz Buttini; vice prefeito João de Marchi; presidente da Câmara de Vereadores, Rodrigo Vignatti; o secretário de Agricultura, Natalício Belarmindo; o presidente do Conselho de Desenvolvimento Agropecuário (Codapo), Tiago Marqueze e os gerentes regional e adjunto da Emater/RS-Ascar Marcelo Brandoli e Carlos Lagemann. Para Brandoli, não é a Emater/RS-Ascar que está de parabéns e sim todos os agricultores familiares e parceiros pela caminhada conjunta. “É um trabalho plenamente social e que nos orgulha”, enfatizou. A atividade foi organizada pelos extensionistas Carlos Bianchini, Charles Fantin e Márcia Santos da Fonseca, com o apoio do supervisor João Caíno.

CIC Vale do Taquari

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