Encontro sobre bovinocultura leiteira reúne mais de 120 produtores em Coqueiro Baixo
A forte chuva que caiu em todo o Vale do Taquari na quinta-feira, dia 5, não impediu a participação de mais de 120 produtores de Coqueiro Baixo em encontro sobre bovinocultura leiteira. O evento – organizado pela Emater/RS-Ascar e pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR/RS) por meio do programa Leite Gaúcho – foi realizado no salão da comunidade de Linha Alegre Baixa. Na ocasião foi realizada palestra com o tema “Silagem de qualidade: uma busca constante” ministrada pelo engenheiro agrícola da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos.
Esta é a segunda vez que a equipe da Emater/RS-Ascar de Coqueiro Baixo, chefiada pelo técnico agrícola Norberto De Maman, reúne mais de 100 pessoas em evento voltado ao desenvolvimento da atividade leiteira. O último encontro, com o tema “manejo de forrageiras e nutrição animal”, foi realizado em setembro. “Não fosse a chuva, o público poderia ser ainda maior” enfatizou. Além dos agricultores, prestigiaram a atividade autoridades locais, entre elas o prefeito Veríssimo Caumo, secretários e vereadores, além de integrantes de cooperativas regionais.
Sobre o tema da capacitação, o palestrante abordou a importância da silagem e de sua classificação, o ponto de colheita, a desensilagem, os tipos de silos e de máquinas ensiladeiras, entre outros. Quarenta e quatro por cento da composição alimentar das vacas é silagem. “Se esta não for de qualidade, pode haver sério comprometimento da produção leiteira” observou Santos. De acordo com o engenheiro agrícola, uma silagem ruim pode representar uma perda diária de dois a cinco litros de leite por vaca. Para um bovinocultor que possua um plantel de 20 vacas, serão dois mil litros de leite a menos, por mês. “Ou R$ 2 mil a menos no bolso” ressalta.
Em relação as capacitações realizadas por meio do programa Leite Gaúcho da SDR, Santos – que também é gerente adjunto do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado – enfatizou o processo de construção coletiva, de ampliação do debate e de troca de experiências. “Algo que só é possível em encontros desse tipo, envolvendo produtores com diferentes realidades” acredita. Para o engenheiro agrícola, é importante que os participantes levem para suas propriedades os conceitos para além do crescimento financeiro, pensando na agricultura familiar como um modo de vida.
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