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Encontro define adoção de campanha de conscientização sobre comércio ilegal em Lajeado

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Mobilizados pelo problema do comércio ambulante ilegal e motivados a combatê-lo, cerca de 60 pessoas participaram nesta quinta-feira (23) de encontro realizado na Prefeitura de Lajeado. O evento reuniu empresários, lideranças de entidades e da segurança pública, vereadores e secretários municiais, os quais tiveram acesso a informações da Comissão de Combate à Informalidade da Fecomércio-RS, presidida por Daniel Amadio, os desafios e o trabalho feito no Estado. A atividade liderada pela Prefeitura de Lajeado com apoio do Sindilojas Vale do Taquari teve como resultado a decisão do prefeito, Marcelo Caumo, de replicar a campanha publicitária do Sindilojas Regional Bento, de Bento Gonçalves, sob o slogan “O reflexo da pirataria é o crime”. “Não adianta apertar a fiscalização se não trabalharmos numa campanha de convencimento ou orientação da população para os prejuízos causados”, afirmou o gestor público. Caumo falou da disposição da Prefeitura em dar andamento às ações, mas destacou que o engajamento de toda a comunidade é fundamental.  O aperfeiçoamento da legislação e a disponibilização das secretarias de Desenvolvimento Econômico e Assistência Social como suporte aos interessados também foram citados como complemento.

Presidente do Sindilojas VT, Kiko Weimer lembrou que a bandeira contra o comércio irregular é antiga e disse que uma das conclusões do grupo de trabalho local é a educação do consumidor. “Só existe esse comércio porque tem cliente”. A iniciativa de Bento, também já adotada por Caxias do Sul, consiste na conscientização da população sobre as consequências dos produtos informais à saúde das pessoas e os prejuízos para a economia, visto que em sua maioria são itens de origem não comprovada. Segundo o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), a denominada economia subterrânea movimentou em 2018 cerca de R$ 1,17 trilhões no país e mais de R$ 76 bilhões no Rio Grande do Sul. Isso equivale a uma perda anual na arrecadação do Estado de aproximadamente R$ 5,6 bi. Apresentada por Amadio, que também é vice-presidente da Fecomércio-RS e presidente do Sindilojas de Bento, a campanha tem o objetivo de alertar que quem compra do comércio informal pode estar alimentando a cadeia do crime. O apelo é na linha da moral e da segurança, frisando que o reflexo da pirataria é o crime.

“O consumidor é o maior lesado, e nós precisamos virar esse jogo”, complementou o também vice-presidente da Fecomércio-RS e presidente do Sindióptica, André Roncatto. Ele ainda observou a força da imprensa para mudar a percepção de quem defende os ilegais. “A imprensa consegue alcançar esse consumidor lesado, que muitas vezes vai até contra o fiscal dizendo ‘deixa o homem trabalhar’. É por ignorância, por não ter a dimensão de que aquele indivíduo ali vendendo tá sendo usado pelo crime organizado. É uma vítima, pode até argumentar que está buscando o sustento, mas de uma forma ilícita, prejudicando o consumidor e a cadeia produtiva”. Também presente, o diretor executivo do Sindióptica, Roberto Tenedini, elogiou o envolvimento do sindicato dos empregados. “Quantas pessoas deixam de estar no emprego formal por força dessa informalidade e concorrência totalmente desigual, onde a tributação e qualidade do produto nunca são questionadas pelo cidadão?”, indagou.

O encontro foi marcado por várias manifestações, questionamentos e sugestões, revelando o interesse e a amplitude do tema em debate. Empresários, ambulantes regularizados, vereadores, delegado e secretários municipais colocaram seus pontos de vista e ajudaram a qualificar o debate para o enfrentamento do comércio irregular em Lajeado.

 

CIC Vale do Taquari

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