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Ontem, uma retroescavadeira estava no trecho. Dnit prevê o transporte de mais maquinários durante a semana(Foto: Anderson-Lopes)

Duplicação recomeça na BR-386, diz Dnit

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Empresa responsável pela obra levou máquinas para Estrela e Bom Retiro do Sul
Novela da BR: um ano depois do governo suspender a obra da nova pista, Dnit autoriza o reinício da duplicação entre Bom Retiro do Sul e Estrela

Um ano após a suspensão das obras pelo então governo de Dilma Rousseff, os serviços de duplicação da BR 386 reiniciaram na tarde de ontem. Por volta das 14h, a primeira retroescavadeira foi levada até um ponto próximo ao trevo de acesso a Bom Retiro do Sul. Outros maquinários devem chegar da Região Metropolitana durante a semana. Previsão do Dnit é finalizar o empreendimento no segundo semestre.

A Superintendência Regional do Dnit informa que, além da realocação do maquinário necessário à obra de construção da nova pista, também já são realizados serviços de topografia para a execução dos serviços no trecho.

Uma semana antes do Natal de 2016, a autarquia confirmou a retomada das obras. Segundo informações repassadas pela superintendência estadual, as atividades estarão concentradas entre os km 355,5 e 361,5. Hoje, segundo o Dnit, o projeto está com 98,83% da terraplanagem e 79,87% da pavimentação concluídas. Na média geral, o empreendimento de 33,4 quilômetros está 91,6% pronto.

Os serviços só reiniciaram porque foi aprovado, no dia 15 de dezembro de 2016, o texto final do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) do governo federal para todo o ano de 2017, com a previsão da destinar até R$ 36 milhões para a conclusão do empreendimento.

O texto aprovado, a partir da proposta orçamentária do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, garantirá a conclusão da obra, afirmam os responsáveis pelo Dnit. A intenção é, ao longo de todo este semestre, executar serviços de terraplanagem, pavimentação, drenagem, sinalização e iluminação, além das obras complementares e ações ambientais.

R$ 70 milhões mais cara

Em janeiro do ano passado, quando o Dnit e o governo federal anunciaram a suspensão das obras, o Dnit havia pago R$ 168,7 milhões às empresas Conpasul e Iccila, vencedoras do processo licitatório realizado ainda em 2010. Os serviços foram suspensos quando 22 dos 33,4 quilômetros previstos, entre Bom Retiro do Sul e Tabaí, já estavam iberados desde 2014 para o tráfego de veículos.

Hoje, falta liberar 11 quilômetros entre Bom Retiro do Sul e Estrela. Em três, a construção da nova pista sequer foi iniciada. É nesse trecho que se localiza a aldeia indígena caingangue, reconstruída por R$ 8,5 milhões após acordo judicial entre Dnit, representantes da tribo, Funai, Ibama e Ministério Público Federal (MPF).

Desde novembro de 2010, época em que iniciaram as obras, o valor do orçamento aumentou R$ 70 milhões. Inicialmente, estavam previstos R$ 150 milhões para conclusão dos 33,4 quilômetros. Desde então, foram pelo menos quatro aditivos de contrato e, hoje, o total previsto supera a cifra dos R$ 220 milhões.

CIC Vale do Taquari

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