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(Foto: Dudu Leal)

Desafios do RS são debatidos em Estrela

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Um desafio duplo, que soma o ajuste fiscal do governo brasileiro e o do Rio Grande do Sul. Essa é a realidade enfrentada pelo Estado e foi tratada pelo presidente da Fiergs, Heitor José Müller, durante reunião-almoço, nesta sexta-feira, dia 28, promovido pela Câmara de Indústria Comércio e Serviço do município (Cacis). “O Brasil chegou a 2015 numa conjuntura adversa, com intranquilidade política declínio da economia, uma situação denominada de ‘tempestade perfeita’. O governo tenta a costura política e um ajuste fiscal para ultrapassar essa fase. Somado a tudo isso, há o desajuste do Rio Grande do Sul. Então, a sociedade gaúcha terá uma ‘tempestade mais do que perfeita’”, ilustrou Müller. Para ele, a falta de uma gestão profissional, tanto no país, quanto no Estado, é responsável também pelo descompasso entre o que deve ser feito e como se faz. “Para o Brasil e o Rio Grande do Sul, não cabe nem ´jeitinho´, nem ´jeitão´: o que falta é gestão”, afirmou.

Ele também destacou que, para a Fiergs, a agenda de possibilidades para o avanço inclui parceria público-privada, modernização da infraestrutura, desburocratização, terceirização, flexibilização das Normas Regulamentadoras, especialmente a número 12, modernização da legislação trabalhista, política de exportação, incentivo ao polo naval e florestal e inserção do carvão matriz energética.

Mencionou os investimentos recentes realizados pelo setor privado, como a ampliação de Celulose Riograndense, em Guaíba; a planta de regaseificação da Bolognesi, em Rio Grande; e a usina térmica em Candiota da Tractebel. “A iniciativa privada não parou. Precisamos disseminar um pouco de otimismo também”, refletiu. “Os governos passam, as empresas ficam; as crises passam, o empreendedorismo permanece”, finalizou Müller.

O presidente da Fiergs recebeu ainda o Manifesto das Entidades Empresariais dos Vales do Taquari e Rio Pardo Associadas à CIC Vale do Taquari, com a recomendação de que “a sociedade exija que os poderes constituídos façam sua parte, trabalhando com transparência, melhores métodos de gestão, aplicação de recursos disponíveis e mais planejamento”.

Empresários apresentam demandas da região

Antes da palestra, Müller participou de uma reunião com empresários, comandada pelo presidente da Cacis, Verno Arend, para ouvir as principais questões envolvendo a região. Uma das maiores preocupações é o aumento do ICMS proposto pelo governo gaúcho. “O Estado já não cabe mais no tamanho do nosso PIB. Para suprir todo o déficit, seria necessário elevar de 17% para 32% o ICMS, o que é totalmente inviável”, declarou.

Outro assunto foi a geração de energia. “O Vale do Taquari gera 5% da energia do Estado. Há estudos para gerar outros 280 MW, em mais de 15 projetos, só pedimos que nos deixem fazer”, relatou o presidente da CIC Vale do Taquari, Ito Lânius.

CIC Vale do Taquari

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