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Bom público prestigia congresso (Foto: Divulgação)

Congresso da cadeia produtiva da erva-mate debate saúde e inovação tecnológica

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O 2° Congresso Estadual de Sustentabilidade da Cadeia Produtiva da Erva-mate, que ocorre nesta quinta e sexta-feira, dias 12 e 13, e integra a Turismate, debate sobre os benéficos para a saúde e inovações tecnológicas. Representantes do Uruguai, Argentina e Paraguai participam do evento, que atraiu estudantes de diversas universidades, além de representantes de entidades, governo e órgãos representativos.

O prefeito Olmir Rossi abriu o encontro, dizendo o quanto a planta é significativa para a economia do município. “Aqui se respira erva-mate”, disse.

O diretor executivo do Instituto Brasileiro da Erva-mate (Ibramate), Roberto Ferron, destacou a parceria entre os países que cultivam a planta e falou ainda que o congresso possui caráter internacional. Segundo ele, o ponto alto do evento é a reunião do Mercomate, órgão que representa os países produtores de erva-mate.

A Emater/RS-Ascar, representada pelo extensionista rural, Fabiano Zenere, uma das promotoras do evento, destaca que vários estudos sobre os benefícios da erva-mate para a saúde estão sendo realizados e divulgados neste seminário. “Isto é muito importante para aquecer o mercado e incentivar os produtores”, explica Zenere.

Representando a Embrapa Floresta, com sede em Curitiba, Ives Goulart reitera a importância do encontro para o setor. Ele explica que, mesmo hoje, os conhecimentos dos sistemas de produção da erva-mate estão muito dispersos. “O Congresso vem para suprir esta deficiência. Nele, as instituições de ensino e pesquisa do setor podem condensar estes conhecimentos, divulgar e iniciar os processos mais produtivos junto ao setor ervateiro”, afirma Goulart. Empolgado com o evento, Ives adianta que quer levar a próxima edição do Congresso para Curitiba, em 2016.

Da Argentina, marcam presença a diretoria do Instituto Nacional da Erva-mate, formada por cinco integrantes. Os especialistas têm como objetivo ampliar o debate, e conhecer as formas de produção da planta no Brasil. O diretor Marcelo Stockar, conta que o setor ervateiro na Argentina, em relação a outros setores agrícolas, está muito bem. “Mesmo que os preços não estão como esperado, a expectativa é aumentar a produção que gira em torno de 790 milhões de quilos do produto”, argumenta Marcelo. Para Stockar, o Brasil, principalmente a região de Ilópolis, está à frente em linhas de produtos alternativos produzidos a partir da erva-mate, como cosméticos, farinha e outros.

Segundo o presidente Clóvis Roberto Roman, durante a tarde desta quinta e sexta-feira continuam as programações. Ele destaca a presença da jornalista francesa Barbara Dufrêne, da revista americana Tea&Coffee Trade Journal. Ela acompanhará, na sexta-feira, o processo de infusão do chimarrão, e ministrará oficinas no Museu do Pão para associados do Ibramate – as vagas já estão lotadas.

O pesquisador e professor da Universidade Nacional do Uruguai, Nelson Bracesco foi o primeiro panelista do dia e falou das propriedades medicinais da erva-mate. Bracesco apresentou dados fundamentados em estudos publicados por estudiosos de diversos locais e segundo ele, os benefícios para diminuição do colesterol, do ponto de vista da saúde pública, é muito importante.

Auxilia ainda na melhora da atenção, além de outros benefícios. Também desmentiu mitos relacionados ao consumo do chimarrão, em especial ao que se refere à incidência de câncer de esôfago por ingestão do chimarrão em temperatura mais elevada.

Cerca de 20 alunos do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen, participaram do congresso. Para os alunos Rodrigo Stroschein e Pedro Stefano, esta é uma oportunidade de ampliar conhecimento com foco no mercado de trabalho.

O segundo painelista da manhã, doutor Guilherme Balsan, do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, falou das características benéficas do chimarrão. Vitaminas, sais minerais, glicídios, lipídios entre outras fontes alimentares foram mencionadas. Segundo ele os polifenóis recebem atenção da comunidade científica em função das propriedades antioxidantes. Auxiliam na diminuição do mal colesterol, possuindo mais benefícios em polifenóis do que o vinho e o chá verde.

“Cada vez que aprofundamos as pesquisas nos deparamos com índices melhores. O hábito de tomar chimarrão faz bem, com certeza”, disse Balsan.

O pesquisador apresentou estudo do efeito da erva-mate e do chá-verde realizado com três grupos. O grupo que ingeriu chimarrão apresentou uma diminuição do peso e mau colesterol. “O chimarrão traz mais benefícios para o coração do que o chá verde.”

Ele mencionou ainda os efeitos significativos e benéficos do chimarrão ligados ainda à sensação de saciedade, além de propriedades antidiabéticas e anti-inflamatórias.

 

CIC Vale do Taquari

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