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Presidente da CIC-VT, Oreno Ardêmio Heineck, entregou material da região que serve de subsídio para o estudo da Hidrovia Brasil-Uruguai (Foto: Simone Rockenbach Kamphorst)

CIC-VT entrega material da região em audiência da Hidrovia Brasil-Uruguai

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Lajeado – O município foi o local escolhido pela Administração das Hidrovias do Sul (AHSUL) para a realização da 11ª audiência pública para apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da Hidrovia Brasil-Uruguai. O encontro ocorreu na última sexta-feira, dia 26, na Univates e contou com a presença de várias lideranças, representantes de governos e empresários interessados em conhecer o projeto que promete alavancar um novo eixo de desenvolvimento no Rio Grande do Sul.

Com atuação focada nas bandeiras regionais, a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari aproveitou a oportunidade para entregar aos organizadores material informativo que serve de subsídio na elaboração do EVTEA. “Muitas regiões do mundo gostariam de ter o complexo logístico que temos, porém está subaproveitado”, destacou o presidente da CIC-VT, Oreno Ardêmio Heineck. O dirigente referiu-se ao Porto de Estrela como um gigante adormecido e lembrou ainda a possibilidade de uso mais intenso de outros pontos complementares nos portos de Taquari e Mariante/Venâncio Aires. “Vemos com satisfação a chegada deste estudo como primeiro passo de uma reestruturação efetiva da Hidrovia do Mercosul, incluindo nosso complexo rodo-hidro-ferroviário”.

O documento entregue compila informações da logística existente, do potencial de carga e principalmente dados econômicos setoriais, os quais buscam garantir a realização dos investimentos da Hidrovia Brasil-Uruguai com passagem pelo Vale. “Somos o primeiro polo regional em suinocultura no RS, ocupamos a referência de maior polo de candies no Estado e o segundo no Brasil, isso sem falar em produção de aves, leite, calçados e móveis”, argumentou Heineck.

O superintendente da AHSUL, José Luiz Fay de Azambuja, observou que o modal hidroviário também tem desvantagens e entraves que podem ser resolvidos com a união das áreas pública e privada. “O mais importante é que já temos toda a infraestrutura da hidrovia e existe potencial para ser usada”.

A audiência contou com a apresentação do EVTEA pelo engenheiro civil Daniel Lena Souto, do consórcio Ecoplan-Petcon, responsável pela execução do estudo.  A Hidrovia abrange a região da Bacia da Lagoa Mirim, em território brasileiro, a Bacia da Lagoa dos Patos, o Lago Guaíba, a Lagoa do Casamento, os rios Jacuí, Taquari, Cai, Sinos, Gravataí, Camaquã, Jaguarão, Uruguai e Ibicui, em território brasileiro e os rios Cebollati e Tacuary, no Uruguai, formando um eixo fundamental para o intercâmbio comercial entre o Brasil e o Uruguai. Recentemente, Brasil e Uruguai assinaram um acordo para o transporte fluvial e lacustre internacional de carga e de passageiros que com a reabertura da hidrovia pode baratear o frete dos produtos hoje transportados via Montevidéu, e favorecer o comércio internacional.

Segundo Souto, o EVTEA irá estudar todos os segmentos da cadeia logística hidroviária: modelagem da gestão da hidrovia, portos e terminais, embarcações e infraestrutura hidroviária. Os recursos necessários para execução das obras estão assegurados no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC-2) do governo federal, que prevê investimentos de R$ 217 milhões nos próximos anos para efetiva implantação da parte brasileira da Hidrovia Brasil-Uruguai.

CIC Vale do Taquari

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