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Última pesquisa da Emater projeta rendimento médio de 4,7 mil quilos de grãos por hectare (Foto: Frederico Sehn)

Chuvas garantem bom desempenho da lavoura

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As chuvas das últimas semanas ajudaram a moldar no cenário rural uma paisagem vistosa, com destaque para o bom desenvolvimento das primeiras lavouras de milho.

Na área administrativa do escritório regional da Emater/RS-Ascar – Vales do Taquari e Caí, devem ser ocupados 63 mil hectares com o cultivo, de acordo com a projeção da área técnica.

O gerente adjunto, engenheiro-agrônomo Diego Barden dos Santos, informa que a produtividade média dos últimos anos tem sido muito boa – algo em torno de 4,5 mil quilos de grãos por hectare – na área pesquisada. A estimativa inicial é de que a safra 2013/14, baseada em levantamento de campo, proporcione um rendimento médio de 4.730 quilos por hectare. A avaliação feita com os agricultores, durante o ciclo de desenvolvimento da lavoura, é realizada a cada 15 dias. A última sinalizou um rendimento de 5.166 quilos por hectare.

Santos destaca que 14 mil hectares serão destinados à produção de milho para grãos. De acordo com dados divulgados pela Emater/RS-Ascar, as chuvas ocorridas nos últimos dias prejudicaram a semeadura de milho e de feijão em algumas regiões no Rio Grande do Sul. Até o momento, a lavoura do cereal está com 60% do volume de plantio projetado, já em formação.

Bom desenvolvimento

As informações do levantamento da empresa indicam que, de uma maneira geral, todas as lavouras já plantadas estão com um bom desenvolvimento, apesar das geadas do mês de setembro e, mais recentemente, pelas chuvas e ventos fortes. O escritório regional da Emater informa que na sua área de atuação não houve problemas dessa ordem e que as plantações apresentam um desenvolvimento dentro do esperado.

Trigo

Em contraposição às boas notícias com as lavouras de milho, a lavoura de trigo se desenvolveu bem no início, mas foi afetada pelo excesso de chuva no estágio final de formação dos grãos. Embora os prejuízos só possam ser avaliados quando do encerramento da safra, a umidade em demasia pode ocasionar doenças fúngicas e até a germinação dos grãos ainda no pé.

Quando isso ocorre, é certo que a qualidade dos grãos ficará prejudicada, destaca o técnico. A área ocupada com a cultura, nesta temporada, é de 1.060 hectares na área administrativa da Emater. No Vale do Taquari, alguns municípios que se destacam no cultivo, são Arvorezinha, Colinas, Estrela, Arroio do Meio e Cruzeiro do Sul. Na maioria das propriedades que se dedicam à cultura, a fase é de enchimento dos grãos, e nos casos de variedades mais precoces, a colheita já está em estágio inicial.

Produtor informado

Quem conversa com o agricultor Julião Jung, residente na área urbana de Santa Clara do Sul, logo percebe tratar-se de uma pessoa bem informada acerca de vários assuntos e, principalmente, sobre agricultura. Proprietário de uma área de 25 hectares, ele arrenda terras de Cruzeiro do Sul, Lajeado e Santa Clara do Sul, nas quais cultiva, nesta safra, cem hectares com trigo. A opção por essa lavoura começou quando abandonou a atividade leiteira e migrou para a produção de grãos, incluindo milho e soja. A partir da próxima semana, ele deverá mobilizar as máquinas para a colheita. Aposta em uma produtividade média de 40 a 50 sacas por hectare.

No ano passado, o rendimento chegou a cerca de 50 sacas. A cotação do produto, hoje na faixa de R$ 40 a R$ 45, é considerada compensadora por Jung. Ele conduz as atividades com o auxílio da esposa Mariane e dos filhos Fernando, Daniel e Ana Luisa. Sabe também que o trigo possui maior viabilidade econômica em médias e grandes propriedades, mas diz que o cultivo possibilita a rotação de culturas, além de proteger o solo com a palha que gera e que se transforma em adubo natural. “E não deixa de ser uma renda a mais para o agricultor”, observa.

CIC Vale do Taquari

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