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Redecker (d) e Vuaden estão preocupados em manter traçado passando pelo Vale do Taquari (Foto: Divulgação)

Vale segue nos trilhos da Ferrovia Norte-Sul

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Ideia é que a ferrovia tenha dois braços no Estado. Trechos passariam pela região

Porto Alegre – O futuro da Ferrovia Norte-Sul foi mais uma vez tema de uma audiência pública na tarde da segunda-feira, dia 22. A boa notícia é que deputado Raul Carrion, integrante da Frente Parlamentar Gaúcha de Apoio, Qualificação e Ampliação do Transporte Ferroviário, e que propôs a audiência, diz que o traçado deve passar pela região. A ideia é que a ferrovia tenha dois braços no Estado: um deles ingressa em Vacaria, com passagem pela região, e o outro passa por Cruz Alta e também com circulação pelo Vale. Contudo, a confirmação só pode ser feita após a conclusão dos estudos de viabilidade. Outra possibilidade ainda é que a ferrovia una todo o país para que os trens possam ir do Rio Grande do Sul a Belém, no Pará.

Carrion ainda estabelece que a partir de agora serão realizadas reuniões regionalizadas para que as cidades possam apresentar dados sobre a importância dos trilhos em determinados locais, bem como estudo de capacidade de carga produzida e que seria usada nos trens. A ideia é que os estudos sejam apresentados até o fim do ano. “Na quarta-feira estaremos reunidos com o governador Tarso Genro para pedir apoio. Precisamos de força total de todo o Estado agora”, fala.

A apresentação tranquilizou o integrante da Frente Parlamentar de Apoio à Ferrovia, deputado Lucas Redecker, e o prefeito de Roca Sales – cidade-candidata a receber um dos trechos -, Nélio José Vuaden, que estavam na audiência. Ambos estavam preocupados que o traçado pudesse ser modificado, prejudicando a região. “Mais do que passar pelo Vale, a Ferrovia Norte-Sul terá um importante entreposto no Vale do Taquari, recebendo a produção agrícola e produtos não apenas do Estado, mas de todo o país, aumentando assim a importância da região. A preocupação e o desafio, agora, é tirar a obra do papel”, enfatiza Redecker.

Vuaden crê que a região precisa se mobilizar para que o traçado permaneça o mesmo ou que, ao menos, passe pelo Vale. “Vamos unir municípios e entidades da região para iniciar o estudo mostrando a real situação do nosso transporte e de como precisamos da ferrovia. Temos argumentos contundentes, pois o Vale é grande produtor e importador na parte animal e vegetal”, aponta. Ele ainda lembra que o interessante seria criar ainda um estudo sobre a ampliação e melhora dos diferentes modais, para que se interliguem. “Um projeto regional que contemple o Porto de Estrela, a ferrovia e a BR-386. Assim, baixaríamos o custo do transporte”, complementa.

Além do prefeito de Roca Sales, chefes do Executivo de outras cidades da região e lideranças regionais participaram da audiência.

R$ 133 bilhões em infraestrutura

Em agosto do ano passado, o governo federal anunciou o Programa de Investimentos em Logística. O projeto prevê R$ 133 bilhões em infraestrutura. Somente em ferrovias, a injeção será de R$ 91 bilhões, sendo R$ 56 bilhões nos próximos cinco anos. Está prometida a construção de cerca de dez mil quilômetros, duplicando o volume de ferrovias em efetivo funcionamento. As obras são defendidas tendo em vista o resgate das ferrovias como alternativa logística, a quebra do monopólio na oferta de serviços ferroviários e a redução das tarifas.

CIC Vale do Taquari

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