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Beleza Natural: cartão-postal de Teutônia, Lagoa da Harmonia integra a Rota Germânica (Divulgação)

Vale do Taquari: prato cheio para o crescimento do setor turístico

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Belezas naturais, gastronomia típica e eventos culturais dão ao Vale do Taquari as características de uma região turística. Com oito rotas consolidadas, o turismo do Vale é opção para revisitar passado, conhecer a cultura dos imigrantes, saber mais sobre a economia dos municípios e a geografia dos locais – o que reforça o convite, inclusive, para quem vive na região.

Desde 1995, a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) trabalha com o objetivo de qualificar e promover atrativos turísticos locais. Nos últimos anos, ações têm ganhado fôlego com parceria entre Poder Público, entidades e empreendedores de turismo. A agência de turismo CVC trabalha na formatação de pacotes turísticos para comercialização das rotas. “O turismo já é uma realidade na região”, salienta a turismóloga da Amturvales, Lizeli Bergamaschi.

Conforme ela, uma das metas tem sido articular as rotas e “vender” o Vale como região turística: O Vale do Acolhimento. A intenção é fazer com que os turistas não conheçam apenas uma atração ou visitem uma cidade, mas aproveitem o passeio para descobrir atrativos de municípios vizinhos.

“Cada roteiro traz suas particularidades. Temos roteiros que trabalham com temas diferentes e que podem se complementar, abrindo um leque maior de opções para que os turistas permaneçam mais dias no Vale”, explica a turismóloga Diuly Cristina Mähler.

Além de atrativos naturais – grutas, cascatas e paisagens – de encher os olhos, o turismo de eventos é forte na região. Festas que evidenciam tradições dos colonizadores, produtos de importância econômica ou características dos municípios são atrativos para o público. Suinofest, em Encantado, Expovale, em Lajeado, e Festival do Chucrute, em estrela, estão entre os eventos consagrados no calendário do Vale do Taquari.

Da mesma forma, o turismo de negócios atrai público para a região. “Pessoas que vêm para congressos também são turistas e movimentam hotéis e a economia das cidades”, comenta o turismólogo André Buosi. Artesanato, produtos coloniais e culinária variada reforçam o cardápio de atrativos do Vale do Taquari.

Embora receba turistas de outros estados e até mesmo do exterior, o Vale tem como principais visitantes moradores das rendondezas – a maioria interessada no turismo rural e de aventura. Até novembro de 2014, mais de 114 mil turistas passaram pela região “Conhecer novos roteiros e ter novas experiências é o que motiva as pessoas a virem para cá”, comenta Lizeli.

Envolvimento social para alavancar o turismo

O desenvolvimento do turismo no Vale do Taquari não depende apenas de belezas naturais e atrativos, mas, também, das pessoas – inclusive, as que não estão ligadas diretamente com a atividade. O acolhimento ao visitante – que acontece no posto de gasolina, em uma rua qualquer da cidade ou na portaria do hotel – é aspecto fundamental no turismo.

“O morador é um dos primeiros contatos que o visitante tem no local visitado, seja para prestar uma informação qualquer, seja para atendê-lo em um estabelecimento”, explica a turismóloga Diuly Cristina Mähler.

Receber bem o turista inclui cidade limpa e organizada, educação e informações sobre os pontos turísticos da região. Para tanto, é fundamental que a população conheça os atrativos para que possa indicar atrações e locais, quando perguntado. Na opinião da turismóloga da Amturvales, Lizeli Bergamaschi, um dos maiores desafios do turismo no Vale do Taquari é a própria região se conhecer: visitar atrações turísticas dos municípios vizinhos e informar-se sobre os locais para poder recomendá-los aos visitantes.

Os cursos de capacitação também visam contribuir para o desenvolvimento turístico. Oferecidos de forma gratuita em diversos municípios, eles são voltados a um público variado: desde proprietários de pontos turísticos até atendentes de loja e prestadores de serviço. Para o próximo ano, estão previstas capacitações como Organização e prática de roteiros turísticos, Gestão de agências e transporte turístico, Língua Inglesa e Espanhola para atendimento ao turista e Patrimônio histórico cultural e turismo.

Para o turismólogo André Buosi, da Secretaria de Cultural e Turismo de Lajeado (Secultur), é necessário que a população seja consciente do seu papel de divulgação e recepção do turista, inclusive, porque é uma atividade que reflete no seu dia a dia. “O turismo gera benefícios econômicos e sociais que favorecem o bem-estar da comunidade”, frisa o profissional.

Em questão

1 O que faz a região ter potencial turístico?
Diuly Cristina Mähler: O Vale do Taquari é uma região muito bonita. Temos muitas paisagens, eventos importantes, cultura e história, somos um povo acolhedor e temos muitas coisas boas a oferecer aos visitantes. Estamos próximos a centros importantes como a região metropolitana do Estado e a Serra Gaúcha, o que nos favorece.

2 Quais os desafios para o desenvolvimento do turismo na região?
Diuly: Precisamos de mais investimentos em infraestrutura, divulgação e qualificação profissional. Precisamos organizar ainda as políticas públicas de turismo de forma que favoreçam o desenvolvimento do turismo e possibilitem a criação de novos negócios turísticos. O Vale deu passos muito importantes nesse sentido nos últimos anos, mas o caminho é longo.

3 Qual o diferencial dos pontos e roteiros turísticos da região?
Diuly: Cada roteiro traz suas particularidades, cada lugar tem sua história. Temos hoje roteiros que trabalham com temas diferentes e que podem se complementar, abrindo um leque maior de opções para que os turistas permaneçam mais dias no Vale.

Rotas na região

Rota Germânica – Primeiro roteiro turístico do Vale do Taquari, a Rota Germânica surgiu no início da década de 2000 e conta com 15 pontos turísticos em Teutônia e Westfália. Produção de cachaça, foto à moda antiga, pesque pague e visita à Lagoa da Harmonia estão entre as atrações turísticas.

Delícias da Colônia – Com pontos turísticos em Estrela, Colinas e Imigrante, a rota incluiu alambique, fábrica de chocolates artesanais, artesanato e gastronomia colonial, casas antigas, o Convento Franciscano São Boaventura, construído em pedra grês, na década de 1940, e o Cactário Horst – considerado o maior da América Latina.

Caminho dos Moinhos – Localizada na região alta do Vale do Taquari, a rota contempla registros da imigração italiana como o Moinho Colognese e o Complexo Arquitetônico Museu do Pão, em Ilópolis; Moinhos Vicenzi e Dallé, em Anta Gorda; Moinho Marca, em Putinga; e Moinhos Fachinetto e Castaman; em Arvorezinha. No percurso é possível conhecer a história do pão, acompanhar a fabricação de farinha, participar de oficinas de panificação e degustar produtos.

Caminhos da Forqueta – Iniciado em 2013, o roteiro contempla empreendimentos do distrito de Forqueta, de Arroio do Meio. A rota oferece visitação a igrejas, museu, café colonial, horta orgânica com sistema colha e pague, relógio de chás, trilha ecológica e mirante, entre outras atividades.

Rota da Erva-Mate – Regado a chimarrão, o roteiro contempla um conjunto de atrativos em um percurso de 80 quilômetros em dez municípios: Anta Gorda, Arvorezinha, Coqueiro Baixo, Doutor Ricardo, Encantado, Ilópolis, Itapuca, Nova Bréscia, Putinga e Relvado. Fabricação de erva, artesanato, arquitetura, eventos, agroindústrias familiares e grutas de Nossa Senhora de Lourdes integram a rota.

Trilhas e Memórias – A rota turística integra Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Cruzeiro do Sul, Forquetinha, Marques de Souza, Progresso, Santa Clara do Sul e Sério, em uma região marcada pela colonização alemã e italiana. Entre os atrativos estão camping, casas no estilo enxaimel, cascata, gruta, culinária.

Roteiro Encantado – Na cidade de Encantado, percurso contempla a Lagoa da Garibaldi, vinícola e restaurante de culinária italiana, casa do artesão e Casa de Cultura Dr. Pedro José Lahude, onde é possível conhecer sobre a história do município. A rota ainda conta com visita à Igreja Matriz São Pedro, ao Memorial Gino Ferri e pelo Parque Dália e Memorial Cosuel.

Taquari Açoriana – Por meio da rota, o visitante é convidado a conhecer o município que, recebeu, em 1760, os primeiros imigrantes açorianos. Entre as atrações estão a Igreja Matriz, construída em 1768; a Lagoa Armênia, a Casa Costa e Silva e o Museu Vivo da Comunicação – onde funciona o jornal O Taquaryense. Montado tipograficamente e fundado em 1887, ele é o segundo mais antigo em circulação no estado.

Saiba mais

A maioria dos empreendedores de turismo da região não trabalha exclusivamente com a atividade. Nas propriedades rurais e nas agroindústrias, por exemplo, os responsáveis atuam na produção, além de recepcionar os turistas. Por isso, é importante agendar a visita para garantir o melhor atendimento. Além de receber grupos maiores, as rotas são abertas a famílias ou grupos de amigos interessados em conhecer os atrativos. A maioria dos pontos tem entrada gratuita. Contatos podem ser feitos pelo site www.amturvales.com.br, e-mail secretaria@amturvales.com.br ou telefone 3751-3777.

CIC Vale do Taquari

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