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Empresariado interagiu com a palestrante (Foto: Rodrigo Gallas)

Setores de balas, chocolates e bebidas têm perspectiva de crescimento de mais de 10%

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A perspectiva econômica de crescimento em 2014 para os setores de balas, chocolates e refrigerantes foi o destaque positivo do cenário regional exposto no café da manhã empresarial da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). A nota não tão positiva é da projeção de crescimento de apenas 2% da economia nacional diante dos 3,7% previstos para o cenário mundial. O evento, realizado na manhã da última terça-feira, dia 10, foi promovido pela Acil de forma conjunta com a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) e Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Federasul).

A palestrante e economista Maria Andreia Nunes apresentou o tema “Cenários Macroeconômicos Setoriais”, seguido de debate com as lideranças empresariais. O coordenador do departamento de Economia da Federasul, Ricardo Maltz, abriu o evento, realizando reflexão sobre o cenário gaúcho e lamentando o baixo crescimento de nossa economia quando comparada com outros estados. “Devemos criar uma agenda positiva e deixar de lado tudo o que não é sinérgico. Vamos dar as mãos para voltar a crescer”, convidou.

Setor primário

No cenário econômico doméstico, a economista comenta que o consumo das famílias vem revelando alguma moderação, num contexto de acomodação do mercado de trabalho e de menor confiança. Embora ainda na zona de otimismo, a confiança de empresários e consumidores mostra-se instável e abaixo do nível médio observado nos últimos anos.

No setor primário, em 2013, os produtores agrícolas estiveram mais capitalizados e menos endividados, refletindo a melhora nos preços. Por conta disso, espera-se aumentos de produtividade (máquinas e insumos) e de produção nos próximos anos. A perspectiva é de que tanto os preços, quanto o câmbio (em torno R$/US$ 2,30) contribuam para dinamizar cada vez mais o setor e continuar impulsionando nossa economia, prevê a palestrante.

No Rio Grande do Sul, a perspectiva para a safra 2013/2014 é de aumento entre 1,1% e 3,3% para área plantada e entre 2,1% e 3,9% para produção. Em termos de produtividade, a perspectiva é de incremento de 0,9%. A economista, no entanto, alerta de que “a necessidade de escoamento mais rápido da produção e a capacidade limitada de armazenamento adequado colocam-se como um obstáculo à expansão da produção. Isto se deve aos gargalos de infraestrutura; exemplo disso é o péssimo estado da maioria de nossas estradas.”

Bebidas e doces

Segundo Andreia, o desempenho do setor de balas e chocolates seguirá estimulado pelas condições do consumo interno. Os preços dos principais insumos do setor recuaram em 2012, favorecendo as margens do produtor. Aliado a isso, o crescimento da demanda interna estimulou a ampliação da produção em 3,1% neste ano. O faturamento estimado para o complexo em 2014 deve registrar incremento de 10,3%.

No setor de bebidas, os eventos esportivos devem aumentar as vendas no país, no próximo biênio. Mudança nos hábitos da população vem contribuindo para reduzir as vendas de refrigerantes. Por outro lado, vem aumentando o consumo de sucos, isotônicos e, em particular, água mineral. Desta maneira, o crescimento previsto para 2014 é de 11,4%

Debate

Após a apresentação, houve interação entre a palestrante, Maltz e o empresariado presente. O público mostrou-se irritado com os equívocos dos governantes brasileiros em intervenções e planejamentos errôneos da economia. Foram citadas a não redução dos gastos governamentais, excessiva burocracia e elevada tributação como entraves ao desenvolvimento da competitividade do país no cenário internacional, contribuindo, ao mesmo tempo, para a temida desindustrialização da nossa economia.

A palestrante finalizou comentando que, apesar das incertezas, o cenário prospectivo para a economia brasileira continua favorável. Porém, mudanças na política econômica precisam ser enfrentadas para que sejam garantidos avanços nos fundamentos macroeconômicos.

CIC Vale do Taquari

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