A busca por novos mercados para o setor leiteiro e a mobilização por melhorias na estrada entre Guaporé e Anta Gorda foram assuntos que marcaram a reunião da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), na tarde desta quinta-feira, dia 28, na Câmara de Vereadores de Anta Gorda, como parte da programação da FestLeite.
Logo na abertura da reunião, o prefeito de Anta Gorda, Neori Luiz Dalla Vecchia, ressaltou a importância da festa que é realizada graças ao envolvimento de todos. “Só para termos uma ideia, a FestLeite acontece porque 5% da comunidade participa de forma muita ativa e voluntária na organização do evento.”
Depois foi a vez do diretor executivo do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Oreno Ardêmio Heineck explicar como funciona a entidade que existe há dois anos, além de traçar um perfil da cadeia produtiva do leite.
Nos últimos 11 anos, o crescimento médio da produção da matéria prima foi de 7,5% ao ano, de acordo com o IGL. O Rio Grande do Sul consome 40% da produção e vende a maior parte para outros estados. É o segundo maior produtor do país. A atividade leiteira envolve 100 mil famílias de produtores e representa 9% de toda riqueza gerada pelo Estado.
Heineck apresentou alternativas para viabilizar o setor como a busca de novos mercados, organizando a cadeia produtiva, a capacitação com foco na qualificação de todos os elos do setor. “O Brasil produz em média 60 derivados de leite, mas no exterior o número é 5 vezes maior. Por isso, precisamos desenvolver economicamente e tecnicamente o sistema, aumentando a produtividade e a qualidade. ”
O papel do IGL através das entidades associadas é coordenar todas as pontas do segmento do leite, da produção rural ao transporte, industrialização, além de ações para aumentar a participação dos produtos gaúchos no mercado.
Já a presidente da CIC Anta Gorda, Amanada Casagranda, destacou a luta da entidade por melhorias na estrada que liga o município até Guaporé. “Quando chove a água invade a ponte que fica na rodovia impossibilitando a passagem e isso causa uma série de transtorno.”
Em média 150 veículos utilizam por dia a estrada. Na época da colheita, o local serve de escoamento para diversos produtos, com destaque para as hortaliças. São transportadas 900 toneladas de couve.
O presidente da CIC-VT, Ito José Lanius, sugeriu que toda a região entra nessa mobilização por melhorias na estrada. “Uma alternativa seria buscar o financiamento junto ao BRDE e montar uma comissão para estudar como tornar a obra possível. O assunto vai seguir sendo debatido na nossa entidade.”
Depois do encontro, os representantes de sete associações comerciais ligadas a CIC-VT foram participar da abertura da FestLeite.