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Entrave na realização das obras da nova aldeia barra a continuidade dos trabalhos (Foto: Frederico Sehn)

Obra na BR-386 pode ser concluída sem a duplicação em trecho da aldeia

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Após a possibilidade de paralisação das obras de duplicação da BR-386, os trabalhos devem atrasar por mais um ano devido ao impasse na realocação da aldeia indígena situada em Estrela. A principal reclamação da empreiteira que conduz os serviços é que a Fundação Nacional do Índio (Funai) não libera os quilômetros restantes para a duplicação, o que trava o seguimento do trabalho das máquinas. Caso a situação continue a mesma, a previsão é de que a duplicação fique pronta sem contemplar o trecho onde a aldeia está situada.

O diretor da Conpasul, Nilto Scapin, admite que a fundação liberou, primeiro, quatro quilômetros, e depois mais outros três – estes apenas para a retirada da vegetação, e não para a terraplanagem. Ao todo, são nove quilômetros que compreendem o trecho da aldeia. “A partir de outubro teremos um tempo mais seco, que é importante para a realização das obras. Por isso esperamos que essa liberação seja feita logo”, ressalta.

Caso isso não ocorra, corre-se o risco da empreiteira encerrar o restante da duplicação, que não compreende a aldeia, e deixar apenas aquele trecho como está. “Nossa previsão era de estar com os trabalhos prontos no próximo mês. Caso esse impasse seja resolvido logo, deveremos levar mais um ano. Se não for solucionado, continuaremos as obras e deixaremos aquele espaço como está: apenas em duas vias”, fala.

Procurada pela reportagem, a Funai não havia dado retorno sobre a situação.

Licitação

O presidente da Comissão Pró-Duplicação da BR-386, José Luiz Cenci, concorda que o cenário é preocupante. Ele lembra que em junho foi aberta a licitação para a construção das 29 casas da aldeia, com centro comunitário, cultural e recreação, além de estrutura para a comercialização de artesanato. A notícia possibilitou que a Funai liberasse parte da via para a obra.

Porém, a única empresa que participou da licitação orçou o trabalho em R$ 10 milhões, valor que foi recusado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Uma nova licitação deverá ser aberta.

Por enquanto, trabalhos continuam

Scapin havia anunciado a possibilidade de paralisação das obras entre Estrela e Tabaí devido ao atraso nos repasses do Dnit. “Acreditamos que os funcionários vão retornar da greve nesta semana, por isso, continuamos. Mas caso isso não ocorra, não sei o que fazer”, desabafa. O Ministério dos Transportes havia anunciado o repasse de R$ 545 milhões para que as empreiteiras do país não parassem obras. “Não recebemos nenhum dinheiro. Pelo contrário, os repasses estão atrasados em torno de cinco meses”, diz.

CIC Vale do Taquari

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