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FIERGS aponta cenário negativo para a indústria do RS no fechamento do terceiro trimestre

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Porto Alegre, 26 de outubro de 2016 – O terceiro trimestre do ano encerrou com um cenário negativo para o setor industrial gaúcho, aponta a Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta quarta-feira (26) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Os empresários ouvidos na consulta apontaram elevada insatisfação com a margem de lucro operacional (35,8 pontos) e com a situação financeira (41,1), além de grandes dificuldades de acesso ao crédito (30,6 pontos) e aumento dos preços das matérias-primas (58,3). “A demanda tem sido insuficiente e a queda no consumo acaba refletindo na produção industrial. As condições financeiras nas empresas continuam difíceis”, observa o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
De acordo com os empresários, muitos problemas contribuíram para o cenário negativo no período, mas a demanda interna insuficiente (47,2% das respostas) e a elevada carga tributária (44,7%) foram os mais importantes. No entanto, se destacaram de forma significativa outros fatores, como a inadimplência dos clientes (27,2%), as taxas de juros elevadas (26,8%) e a falta de capital de giro (20,7%). Já a taxa de câmbio (15,9% do total das respostas) é particularmente relevante para as grandes empresas (23,5%).
Considerando-se setembro na relação com agosto de 2016, o desempenho não é animador e a situação continua desfavorável ao setor industrial. Os indicadores de produção e número de empregados atingiram no período as marcas de 43,9 e 46 pontos, respectivamente, o que indica contrações (abaixo dos 50 pontos). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) em relação à usual teve desempenho insatisfatório: alcançou 36,3 pontos em setembro, ante 39,9 em agosto. Isso revela que a ociosidade aumentou no mês. Da mesma forma, o indicador de estoques em relação ao planejado caiu 1,5 ponto ante agosto, chegando a 51,3, nível pouco acima do desejado pelas empresas.

EXPECTATIVAS – A percepção para o futuro sofreu um grande impacto e já não há tanto otimismo, na opinião dos consultados pela Sondagem Industrial. Após quatro crescimentos consecutivos significativos, as expectativas para os próximos seis meses passaram por um forte ajuste em outubro. O indicador de demanda caiu de 57,4 para 52,8 pontos. Ou seja, a expectativa de crescimento é bem menos disseminada, embora ainda positiva, por se encontrar acima da linha dos 50 pontos. Da mesma forma, caíram os indicadores de compras de matérias-primas (de 54,1 para 50,6 pontos) e de exportações (de 54,4 para 51,5). O indicador de emprego também declinou no mês, de 48,8 para 47,3 pontos, o que revela projeção de maior desemprego.
A exceção ficou com a intenção de investimento: o índice alcançou 42,8 pontos em outubro, aumento de dois pontos em relação ao mês anterior. Segue, porém, diante do baixo nível de produção e da alta ociosidade, indicando pequena disposição de se investir.
Os indicadores da Sondagem Industrial variam de zero a 100 pontos. Valores menores que 50 indicam insatisfação com as condições financeiras e margem de lucro, dificuldade de acesso ao crédito ou queda no preço das matérias-primas.

CIC Vale do Taquari

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