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Precariedade das rodovias provoca mais gasto de combustível, desgaste acelerado dos veículos e riscos de acidentes (Foto: Anderson Lopes)

Exportações do RS caem em setembro, mas crescem no acumulado do ano

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O forte recuo nas vendas externas de produtos gaúchos a dois dos principais compradores do Estado, China e Argentina, provocou uma grande queda, em setembro, nas exportações, que totalizaram US$ 1,3 bilhão. A retração chegou a 19,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Deste total, o grupo de produtos básicos foi responsável por 35,1% do montante exportado (US$ 455 milhões), desempenho 13,3% menor nessa base de comparação. A indústria também sofreu o impacto, vendendo US$ 836 milhões, redução de 22,2% ante setembro de 2017. “O novo acordo da Argentina, que passa por grave crise, com o FMI, prevê um forte controle monetário e medidas de ajuste que podem ter impactos recessivos e começam a influenciar na capacidade de importação do país vizinho. Nas exportações de produtos básicos, principalmente para a China, o aumento do custo do frete e a elevada base de comparação no mesmo mês do ano passado podem estar afetando os embarques”, explica o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, ao comentar a Balança Comercial, nesta quarta-feira (10).
A principal influência para a queda total de 15,5% nas exportações gaúchas (-US$ 84 milhões) para a China, em setembro, veio da redução de 13,1% nas compras de Produtos básicos. Isso corresponde a menos US$ 62 milhões. Já para a Argentina, para quem o RS vendeu menos 66,7% no mês
(-US$ 120 milhões), o recuo ocorreu especialmente em Veículos, carrocerias e reboques (-US$ 55 milhões), uma retração de 84,6%. 

Na indústria de transformação, os principais destaques foram os segmentos de Coque e derivados do petróleo e de biocombustíveis (+1.033,3%), Celulose e papel (+25%) e Borracha e plástico (+4,5%). Porém, das 22 categorias do setor secundário para as quais houve algum embargue em setembro, 15 apresentaram decréscimo em comparação com o mesmo período do ano passado, especialmente Veículos automotores, reboques e carrocerias (-45,5%), Máquinas e equipamentos (-33,8%) e Produtos de metal (-32%). Por outro lado, as importações do Estado atingiram US$ 982 milhões, crescimento de 18,3% em relação a setembro de 2017. Apesar da queda em Bens de consumo duráveis (-45,4%) e Semiduráveis
(-36,4%), a variação positiva é atribuída a Bens de capital (+3,7%) e Intermediários (+24,8%).

ACUMULADO CRESCE – No acumulado de janeiro a setembro, o montante exportado pelo Rio Grande do Sul, na comparação com o mesmo período de 2017, alcança US$ 16,4 bilhões, desempenho 23,7% superior. Com participação de 73,5% no total das vendas externas, a indústria gaúcha apresentou crescimento de 32,1%. Contribuiu decisivamente para isso Material de transporte, em decorrência das operações com duas plataformas de petróleo e gás exportadas para Holanda e Panamá, no valor de US$ 1,53 bilhão e US$ 1,3 bilhão, respectivamente.  Ao desconsiderar o impacto das plataformas, o crescimento seria de apenas 2,3% no total exportado pelo RS, no qual a indústria apresentaria uma expansão modesta de 0,9%.
Em relação às importações do Estado, registrou-se um total de US$ 8,2 bilhões, o que indica um aumento de 18% ante o mesmo período acumulado de 2017.

CIC Vale do Taquari

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