Telefone: 55 (51) 3011 6982

Diretor da Folhito ressaltou que a produção da empresa vai quase triplicar com o novo empreendimento(Foto: Simone Wobeto/SWobeto

Estrela vai ganhar uma usina de produção de gás natural e adubo

Patrocínio

A previsão é de que o novo empreendimento entre em funcionamento até 2018 e aqueça a economia regional.  A usina vai transformar resíduos em gás natural e adubo. O projeto prevê o processamento de seis tipos de resíduos líquidos (esterco, leite fora de especificação, lodo) e sólidos (silagem, cama de aviário, animais inteiros, restos da produção de frigoríficos, fábricas de doce, ração e refeitórios). Cada um tem uma etapa específica de tratamento.

A indústria é fruto de uma parceria entre a Ecometano, do Rio de Janeiro e a Folhito Adubos Orgânicos de Lajeado. A nova empresa possui a licença prévia da Fepam desde o ano passado. A expectativa é que a licença de instalação seja emitida no período de 2 meses.  O assunto foi discutido nesta quinta-feira (11 de agosto) durante uma reunião almoço, no Estrela Palace Hotel. Dezenas de fornecedores de resíduos, comerciantes e empresários puderam conhecer quais são os benefícios da nova empresa.

A Usina de Tratamento de Efluentes e Resíduos (UTER) vai produzir 44 mil metros cúbicos de gás natural por dia. O diretor da Ecometano, Luiz Felipe Hermann Telles Pereira explicou o que isso significa na prática. “Um posto de GNV vende em média 3 mil metros cúbicos por dia. A nossa empresa pode produzir o equivalente a 20 postos de GNV por dia.”

A UTER vai fornecer o gás natural metano, que é o gás encanado, utilizado ainda no fogão, GNV para veículos, gás natural que substitui o óleo diesel e o combustível em caldeiras.

A  usina vai beneficiar toda a cadeia produtiva e ser fonte de estudos para universidades da região. A produção de adubo prevista é de 550 toneladas por dia. O faturamento deve ser de R$65 milhões por ano. A unidade de Estrela vai estar preparada para operar, de acordo com a norma européia de tratamento de carcaças. Hoje no Brasil ainda não existe uma indústria desse porte.

O diretor da Folhito Ito Lanius destacou a parceira de quase 3 anos entre as duas indústrias. “A partir desse investimento, a empresa vai agregar ainda mais valor ao produto, além do adubo vamos produzir gás metano. É a experiência da Folhito  e expertise da Ecometano para resolver o problema dos resíduos de uma forma séria, competente. Com isso, a produção da Folhito deve triplicar.”

A usina de Estrela já tem parceria com a Sulgás (Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul) que vai comprar toda a produção de gás natural. A UTER vai ser instalada numa área de 7 hectares, na Linha Delfina. O prédio deve levar até 18 meses para ser concluído e mais meio ano para entrar em operação máxima. O investimento vai ser de    R$100 milhões.

Saiba mais:

O biogás que vai ser produzido pela UTER é gerado através da decomposição de resíduos descartados. Esse material passa a ser fonte de energia sustentável.

A planta da indústria vai seguir uma série de normas e exigências para ter condições fabricar gás e fertilizantes orgânicos. Para isso,conta com apoio da Sebigás, indústria que tem participação italiana e da Cótica, do RS.  A previsão é de que o novo empreendimento possa aquecer a economia regional e diminuir os custos de produção.

Depoimentos

Pedro Antônio Barth – Presidente da CACIS
Precisamos devolver as futuras gerações o que recebemos. A UTER é um exemplo do que devemos e podemos fazer.”

Catarina Paladini – Secretário do Trabalho e de Desenvolvimento Social – Representando o governador do estado
“A implantação da usina é um marco histórico para a região e deve servir de exemplo para todo estado. Esse empreendimento é uma atitude responsável e dá competitividade ao Vale do Taquari.”

Diana Blum Kunzel- bióloga – Ambientar Consultoria Ambiental que elaborou todos os estudos ambientais da UTER
“Antes de solicitar a licencia prévia foram desenvolvidos estudos, só depois foi encaminhada a solicitação à Fepam. A usina vai produzir um composto energético renovável e menos poluente que os derivados de petróleo. Nossa equipe formada por 15  técnicos diretos e indiretos fez um diagnostico sócio ambiental e um trabalho rigoroso para avaliar o solo e o lençol freático.”

José Adão Braun- secretário da Agricultura Estrela – representando a prefeitura
“Esse é um momento histórico para Estrela e o Estado. O município não mediu esforços para auxiliar no projeto. Além dos benefícios, nós teremos mudanças de rumos na economia da região.”

CIC Vale do Taquari

Mais notícias

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa  Política de Privacidade.