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Contrato assinado em 2010 previa término da duplicação para julho de 2013. Passados três anos, ainda falta entregar dez dos 33,4 quilômetros da obra (Foto: Rodrigo Martin)

Duplicação da BR-386: Suspensão a obras completa três meses

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A paralisação das obras da nova pista da rodovia federal já perdura por mais três meses. Com 91,6% dos serviços de duplicação conclusos, o empreendimento orçado em quase R$ 200 milhões segue sem previsão para ser finalizado.

Dos 33 quilômetros previstos para serem duplicados, 23 já foram concluídos e liberados ao tráfego de veículos. Falta de previsão orçamentária é justificativa apresentada pelo Dnit.

Em janeiro, quando o governo federal confirmou a suspensão das obras, faltavam pouco mais de R$ 15,5 milhões para o término da duplicação. Os 10 quilômetros restantes ficam entre o trevo de acesso ao município de Bom Retiro do Sul e o início do trecho já duplicado em Estrela. Nesse trajeto, há locais onde o asfalto já foi aplicado no solo.

Questionado sobre a previsão de retorno dos serviços, a superintendência estadual do Dnit não soube precisar qualquer prazo ou definição. Segundo a assessoria de imprensa do departamento, “assim que tiver previsão orçamentária para a continuidade da obra, ela será retomada”. Cita ainda, em nota, que “essa definição orçamentária não cabe ao Dnit.”

A duplicação iniciou em outubro de 2010, com previsão de entrega para julho de 2013. Há cinco anos, o orçamento previsto para concretizar o empreendimento era de R$ 152 milhões. Hoje, o governo federal já despendeu mais de R$ 168 milhões ao consórcio de empresas formado pela Conpasul e Iccila. Segundo gerentes das empresas, seriam necessários – pelo menos – mais R$ 25 milhões para finalizar a obra.

Falta 8,4% do empreendimento

Por contrato, faltam R$ 15,5 milhões para finalizar os 8,4% restantes da nova pista duplicada. A suspensão veio logo após o governo federal anunciar corte de quase R$ 3 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Antes do anúncio, a entrega dos 10 quilômetros restantes estava agendada para maio.

De acordo com o boletim de medições do Dnit, responsável pelo acompanhamento das obras, o consórcio de empresas chegou a receber R$ 4,4 milhões mensais entre os anos de 2011 e 2012. Esse montante, nos últimos meses de 2014 e durante todo o ano de 2015, baixou para uma média de R$ 175 mil por mês.

Líderes regionais seguem buscando junto à parlamentares – por meio da Frente Parlamentar pela Duplicação – uma forma de pressionar o governo federal, no intuito de liberar recursos para o término da obra. O receio é que ocorra a mesma situação verificada em Canoas, onde a duplicação de uma ponte seca foi deixada de lado em 2001 e, até hoje, não foi concluída.

Saiba mais

  • O empreendimento estava orçado em R$ 150 milhões em 2010. Hoje, está em R$ 184 milhões, podendo chegar a R$ 210 milhões com novos aditivos;
  • A aldeia indígena custaria R$ 450 mil em 2010. Em 2014, o Dnit contratou consórcio de empresas por R$ 8,5 milhões. Obra ainda não foi 100% concluída;
  • O TCU ainda investiga indícios de sobrepreço de R$ 4,6 milhões referentes ao cálculo das distâncias de transporte, e de R$ 9 milhões das medições de terraplenagem.

CIC Vale do Taquari

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