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Aldeia não é mais impedimento à duplicação do trecho final da rodovia (Foto: Frederico Sehn)

Duplicação da BR-386: parada por mais dois meses

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A largada para a conclusão das obras no trecho final de duplicação da BR-386, entre Estrela e Bom Retiro do Sul, deve levar ainda dois meses. O prazo é uma estimativa feita pela Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com base nas sucessivas paralisações do trabalho.

Em comunicado enviado à reportagem, o órgão com sede em Porto Alegre destaca que “a empresa responsável pela duplicação já está trabalhando. Contudo, devido ao tempo que a obra ficou parada, associado ao longo período de chuva, o consórcio responsável pela duplicação e o Dnit estão fazendo um novo levantamento topográfico e avaliando o que precisará será adequado para a continuidade dos serviços. A expectativa é de que estas atividades sejam concluídas em no máximo 60 dias”, explica o texto.

A nota enviada pelo Dnit diz ainda que “por causa do tempo parado, os serviços já realizados precisam ser revisados para que se tenha certeza de que não foram prejudicados. Isto integra a retomada da obra, já em andamento.”

Maio de 2016

Com a paralização dos serviços e o estudo topográfico, o novo prazo para entrega da rodovia duplicada entre Estrela e Tabaí saltou mais dois meses. Inicialmente, o Dnit previa a liberação da pista em março de 2016. Agora, o novo prazo estipulado é maio do ano que vem.

A Superintendência do Dnit atribui o atraso à Fundação Nacional do Índio (Funai), que impedia a remoção das famílias indígenas antes da conclusão da nova aldeia, na cidade de Estrela. Além disso, conforme o Dnit, houve também demora no licenciamento ambiental do trecho final, feito pelo Ibama, no trajeto que tem pouco mais de dois quilômetros, onde ficava a antiga aldeia caingangue.

Relembre o caso

  • Por força de uma liminar solicitada pelo Ministério Público Federal de Lajeado (MPF), expedida em julho de 2015, pedindo a ocupação imediata da nova aldeia – ainda em construção -, o procurador da República Claudio Terre do Amaral pediu à Funai que liberasse a transferência de indígenas, fator preponderante à continuidade da obra.
  • O pedido foi acatado e a transferência das famílias ocorreu em julho, quando as 29 casas da aldeia, mais o centro comunitário, foram entregues pela construtora, restando apenas a conclusão da escola e do quiosque para a venda de artesanato.
  • A obra, que prevê a duplicação de 33,4 quilômetros da rodovia, entre Tabaí e Estrela, começou em 2010 e deveria ter sido entregue em novembro de 2013.
  • Se o novo cronograma for cumprido, a obra orçada inicialmente em R$ 150 milhões, mas que já consumiu mais de R$ 180 milhões, deve estar pronta dois anos e meio depois do prazo previsto.

CIC Vale do Taquari

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