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Cronograma inicial prevê que a aldeia seja concluída em dezembro de 2015 (Foto: Frederico Sehn)

Dnit antecipa em um ano a conclusão da aldeia caingangue

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A aldeia indígena que se encontra no caminho da duplicação da BR-386 estará pronta em dezembro. Pelo menos é o que afirma o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Já a duplicação da pista é esperada para o mês fevereiro de 2015, seis meses depois da vistoria, marcada para agosto, pela Funai.

Para o Dnit, o ritmo acelerado da obra da nova aldeia indígena faz com que o órgão aposte na liberação dos dois quilômetros de Estrela ainda em agosto, durante a vistoria. A projeção é que a nova aldeia seja entregue à tribo em dezembro de 2014, um ano antes do previsto.

A Comissão Pró-duplicação da BR-386 compartilha da projeção federal. Não há, segundo as lideranças regionais, problemas que possam frear o trabalho na pista por causa das terras indígenas que estão no caminho.

Toda a comprovação com documentos que atestam a capacidade de pagamento e a continuidade das obras no solo indígena está com a Funai.

No comunicado emitido na última quarta-feira, dia 16, à imprensa, o Dnit frisa que a visita da Funai é decisiva para a conclusão da obra. A nota explica que o órgão “já solicitou a liberação do trecho para dar continuidade às obras de duplicação da rodovia. Após a liberação, o Dnit estima que em seis meses a duplicação seja concluída”.

A vistoria feita pela Funai está marcada para o dia 8 de agosto. Tão logo a inspeção ocorra, a conclusão dos trabalhos deve ocorrer em fevereiro do próximo ano.

Um mês a mais

O consórcio que realiza a duplicação da pista dá um mês a mais para a duplicação completa da rodovia. Segundo o empresário Nilto Scapin, a umidade do inverno tem prejudicado a atuação na estrada.

O trecho que está sendo duplicado está adiante da aldeia. São sete quilômetros antes da entrada de Bom Retiro do Sul. O solo, nesse local, é argiloso e isso representa um problema quando a umidade “sobe”. “Eu projeto que em março teremos a rodovia duplicada”, salienta.

Scapin afirma que sem contar os dois quilômetros por onde passa a aldeia, o trabalho no restante da pista deve ir até o fim do ano.

Entenda o o que acontece na BR-386

– A obra de duplicação da rodovia começou no segundo semestre de 2010, quando o Dnit autorizou o serviço.

– A previsão inicial de conclusão era maio de 2014. Durante a execução do projeto, vários entraves atrasaram o cronograma. Falta de jazidas para extração de terra e contratos de gestão ambiental não renovados travaram a duplicação dos 33,8 quilômetros entre Estrela e Tabaí.

– Além dos problemas de operacionais, logo depois do marco zero da duplicação, em Estrela, uma aldeia Caingangue está no caminho da pista. As terras, preservadas por lei, tiveram que ser desapropriadas e uma nova área com a construção de 29 casas, uma escola, um espaço destinado a reuniões e uma casa para artesanato teve de ser projetado. A aldeia é orçada em R$ 8,5 milhões.

– Inicialmente, a obra de duplicação custaria, aos cofres da União, R$ 150 milhões. Com os aditivos que atingiram a marca dos 20%, a estrada somará, ao final do trabalho, R$ 180 milhões.

CIC Vale do Taquari

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