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Entre as propostas, a construção de uma elevada após o trevo da Avenida Senador Alberto Pasqualini até o trevo da ERS-130. Medida permitiria a ligação entre os bairros Americano e São Cristovão (Foto: Frederico Sehn)

Dnit ainda avalia demandas para melhorar a BR-386

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As propostas para a adequada duplicação da BR-386 no perímetro urbano de Lajeado, encaminhadas pelo município ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em setembro de 2013, ainda estão sendo avaliadas pelo órgão. “Estamos na fase de Relatório Preliminar, que indica obras para a ampliação de capacidade da rodovia”, explica a engenheira civil Terezinha Barth. “É um estudo complexo, que estamos detalhando”, ressalta.

Segundo ela, quando o estudo referente ao Relatório Preliminar for concluído, os resultados serão repassados à prefeitura. Posteriormente, a avaliação será concluída com o Relatório Final, no qual a viabilidade das obras é verificada.

As sugestões em análise surgiram em reuniões entre a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), a Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e prefeitura, e foram reunidas em um documento pelo vice-presidente de Infraestrutura da Acil, o arquiteto Leandro Eckert.

De acordo com a secretária de Planejamento de Lajeado, Marta Peixoto, representantes do Dnit estiveram no município para discutir as propostas. “A partir da ideia inicial, eles pegaram alguns pontos e estão realizando um estudo”, conta. Na opinião de Marta, mudanças na infraestrutura da cidade são prioritárias. “É vital resolvermos os problemas no trânsito. A gente tem que dar segurança para as pessoas e aumentar o desenvolvimento dos bairros.”

As ideias têm como justificativa o intenso fluxo de veículos, ciclistas e pedestres, e o grande número de empresas e estabelecimentos comerciais instalados nos dois lados da rodovia. Para Eckert, a construção de três elevadas – demandas que constam no documento – em pontos específicos do município garantiria que o trânsito local não interferisse no movimento da BR-386, além de evitar acidentes fatais. “O fluxo por baixo seria o da cidade, infinitamente menor. Na elevada, passaria o tráfego da rodovia. Tudo isso é para dar segurança às pessoas, evitar acidentes e ligar os bairros entre si.”

Integração dos bairros

Para o coordenador do Departamento de Trânsito de Lajeado, Euclides Rodrigues, e para o presidente da Acil, Alex Schmitt, caso as propostas sejam aceitas, a ligação dos bairros será um dos principais benefícios. “Isso nos daria uma sobrevida para conseguirmos lidar com o aumento da frota de veículos com mais tranquilidade”, diz Rodrigues.

“A rodovia não pode simplesmente cortar a cidade e dificultar a comunicação das pessoas que vivem ali”, comenta Schmitt. “Ninguém faz o cálculo de quanto custa não fazer. Quanto as pessoas perdem de tempo? Quantos acidentes ocorrem com vítimas fatais? Claro que não há dinheiro que reponha uma vida, mas é preciso dar atenção a isso”, salienta o presidente da Acil.

Desenvolvimento e segurança

As demandas enviadas ao Dnit, no entendimento de Eckert, servirão não somente para o presente, mas serão indispensáveis no futuro, uma vez que o fluxo de veículos tem aumentado, e o índice populacional, crescido. “Todo mundo quer esse tipo de coisa. É um anseio da sociedade e não de uma ou outra entidade.”

Presidente da CIC-VT, Ito José Lanius destaca a importância das implementações para o aumento da segurança. “Se não tiver regramento e infraestrutura, a cidade paga com vidas e com danos pessoais.” Para o inspetor-chefe da Polícia Rodoviária Federal de Lajeado (PRF), Adão Vilmar Madril, quaisquer medidas que visem a ampliação da capacidade da rodovia são bem-vindas. “Tudo o que for feito nesse sentido, com certeza, vai melhorar o fluxo.”

O Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) reforçou as demandas junto ao Dnit. Presidente da entidade, Cíntia Agostini acredita que as melhorias beneficiarão não somente Lajeado, principal município do Vale, mas toda a região. “A rodovia que passa por aqui é a mesma que passa por metade do Estado. Todas as demandas são completamente necessárias”, afirma.

As propostas

No documento enviado ao Dnit é sugerida a execução de três elevadas. Uma seria construída logo após a passagem da Rua 17 de Dezembro sobre a BR-386 até as proximidades do trevo da Avenida Senador Alberto Pasqualini. Ela ligaria os bairros Hidráulica e Americano com Alto do Parque e São Cristovão. A outra seria edificada depois do trevo da Avenida Senador Alberto Pasqualini até o trevo da ERS-130, que também permitiria a ligação física entre os bairros Americano e São Cristovão.

A última seria erguida no trevo da ERS-130 até o trevo do Bairro Conventos, junto à Rua Pedro Theobaldo Breitenbach. Ela exigiria a construção de um trevo na entrada do Bairro Olarias, junto à Rua Paulo Emilio Thiesen. A obra ligaria os bairros Montanha e Bom Pastor com Olarias, Santo André e Centenário. O documento também apresenta alternativas para o caso de a execução desta última elevada ser inviável: a construção de quatro passagens sob a BR-386 junto às ruas Rio Grande do Sul, Donga de Menezes, José Petry e 20 de Fevereiro.

Além da criação de elevadas, também são propostas enviadas ao Dnit o redimensionamento da galeria de passagem de água do Arroio Engenho sob a BR-386, em frente à concessionária Chevrolet (J.A Spohr). A medida pretende evitar que, em casos de chuva intensa, haja alagamento no Bairro São Cristovão e que a água invada a pista, impedindo a passagem de veículos.

Para permitir a entrada e saída de veículos da BR-386 para os bairros Conventos e Centenário, a ideia é criar um trevo no Bairro Imigrante, junto à Rua Alfredo Scherer. O trevo também permitirá o acesso seguro de veículos de grande porte e de funcionários das empresas ao Distrito Industrial.

Partindo do Rio Taquari, no sentido Soledade, ao longo de todo o trajeto até o trevo que seria criado no Bairro Imigrante, foi proposta a construção de divisores centrais, vias laterais, ciclovias e calçadas na BR-386. As implementações pretendem evitar que veículos, motociclistas e pedestres atravessem a pista de um lado para o outro da rodovia, facilitar o deslocamento do trânsito local, além de proporcionar segurança aos pedestres e ciclistas.

O documento também sugere o levantamento de, no mínimo, três metros das pistas sob a elevada da Rua Bento Rosa.

Nova ponte entre Estrela e Lajeado

Outra demanda que vem sendo considerada e avaliada pelo Dnit é a construção de uma nova ponte que ligue os municípios de Estrela e Lajeado. “Entendemos a importância de termos ruas laterais e pontes que permitirão a movimentação do tráfego local, sem a necessidade de acessar a rodovia”, afirma a engenheira civil do órgão, Terezinha Barth. No entanto, ela ressalta que o estudo é “complexo” e está sendo detalhado.

Para o vice-presidente de Infraestrutura da Acil, Leandro Eckert, a ponte não precisa ser, necessariamente, construída ao lado da existente. Na opinião do presidente da Acil, Alex Schmitt, a nova edificação poderia ser explorada turisticamente, a exemplo do que ocorre em outras cidades. “Não seria simplesmente mais uma ponte, mas uma obra de arte, no sentido arquitetônico, que poderia trazer receita de turismo.”

CIC Vale do Taquari

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