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Schmidt destacou necessidade de se criar uma identidade regional para o setor no Vale do Taquari (Foto: Rafael Scheeren Grün)

Criada comissão para alavancar o setor de moda e confecção no Vale do Taquari

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Com o objetivo de alavancar o setor de moda e confecção na região do Vale do Taquari e tornar Lajeado um pólo regional do setor, o governo municipal realizou, na última terça-feira, dia 30, um fórum para tratar do assunto e que, ao seu término, culminou na criação de uma comissão representativa de diferentes órgãos para dar andamento aos trabalhos. Composta de sete representantes dos empresários, poder público, Acil, Univates, Senac e Sebrae, a comissão fica agora incumbida de trabalhar para sanar os gargalos do setor, entre os quais, promover a capacitação de profissionais como costureiras e vendedores.

“Às vezes, competir não é o caminho, mas sim estabelecer parcerias”, afirmou o prefeito Luís Fernando Schmidt, ao destacar a importância de se criar uma identidade para o setor no Vale do Taquari. Já o secretário de Governo, Auri Heisser, salientou que o município quer ser parceiro de um processo que prevê uma maior articulação do setor de moda e confecção em todo Vale do Taquari, com vistas a estimular a economia, gerando emprego e renda. Já a titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedei), Ivanete Fracaro, afirmou que Lajeado tem interesse em potencializar as oportunidades do setor.

Durante o fórum, a especialista em moda e consultora de imagem, Milene Bordini, que também atua como editora do blog Recortes da Moda, salientou a importância de se pensar o setor coletivamente. “Não adianta, por exemplo, esconder os contatos de certos profissionais com receio de que eles irão prestar serviços para seus concorrentes, pois estes também podem ter os contatos de que você está precisando”, afirmou ela. No que tange às vendas, a palestrante lembrou que o comércio feito pela internet deixou de ser uma opção e que é uma realidade sem volta, ao passo que afirmou ser importante que os vendedores se tornem consultores de imagem, sabendo analisar em um rápido olhar o estilo do cliente.

Por sua vez, o assistente superior da Secretaria de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Adeli Sell, falou que fazer cópias não é uma boa estratégia, lembrando que existem nichos de mercado ainda a serem explorados. “Vocês sabiam que um quarto da população gaúcha é formada por pessoas com mais de 60 anos”, indagou Sell, observando que pessoas mais obesas têm grande dificuldade de encontrar roupas que lhes sirvam.

Por fim, o coordenador da Central de Projetos e Captação de Recursos de Lajeado, Alexandre Comel, fez uma abordagem sobre o panorama geral do setor de confecção, com base em um diagnóstico feito por ele entre os anos de 2009 a 2011, considerando as áreas de recursos humanos, administração, vendas e produção. No que se refere aos recursos humanos, Comel apontou a rotatividade de funcionários e a baixa renovação da força de trabalho como alguns dos desafios a serem enfrentados. Quanto à administração, Comel citou os problemas da inexistência de um planejamento estratégico e indicadores de resultado deficientes nas empresas. A concorrência interestadual e internacional, marcas desconhecidas, área de atuação muito restrita e o grande número de empresas que atuam no mesmo segmento e que exploram mercados similares foram alguns dos problemas apontados na área de vendas. Já a dependência dos fornecedores, a baixa inovação, tanto nos produtos quanto nos processos produtivos, a capacidade de produção limitada, os controles deficientes sobre a gestão produtiva e a obsolescência do maquinário foram alguns dos gargalos apontados por Comel na área da produção.

CIC Vale do Taquari

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