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Primeiro encontro do grupo ocorreu no dia 6 de dezembro (Foto: Éderson Moisés Käfer)

Cooperativa Languiru inicia Programa de Sucessão Familiar

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A Cooperativa Languiru iniciou um novo momento histórico na manhã da última sexta-feira, dia 6. Tendo por local a Associação dos Funcionários, teve início o inédito Programa de Sucessão Familiar da Languiru, formação gerencial oferecida gratuitamente pela cooperativa aos jovens associados e filhos de associados, e que conta com 118 inscritos.

O presidente Dirceu Bayer se disse realizado com a proposta. “A Languiru quer contribuir com a manutenção das atividades nas propriedades dos associados, trabalhando com os jovens na prática. Esta é uma oportunidade para todos crescerem juntos, com conhecimento técnico, gerencial e administrativo, promovendo a melhora dos índices de produtividade e formando novas lideranças”, afirmou, ressaltando a importância da participação dos associados na tomada de decisões da cooperativa. “O trabalho que estamos iniciando certamente irá contribuir para a formação pessoal e profissional desses jovens”, acrescentou.

O vice-presidente Renato Kreimeier reafirmou o valor dos associados, os quais qualificou como o maior patrimônio da Languiru. “Este programa tem ligação direta com o futuro da cooperativa, de igual ou maior importância com tudo que já foi feito nesses 58 anos de história. O ensino é a grande alavanca para a mudança, com a capacitação das pessoas que contribuem com o desenvolvimento de toda uma região. Com o conhecimento, os associados terão mais facilidade de gerir suas propriedades e a própria cooperativa”, salientou, lembrando que a idade média do quadro social da Languiru reduziu de 58 para 49 anos.

A orientação do curso está por conta do consultor em gestão de empreendimentos rurais e em pesquisa, Lucildo Ahlert. Nas boas-vindas aos participantes do programa, ele falou da importância do agronegócio e do planejamento nas propriedades rurais. “O Brasil é o que é hoje graças ao agronegócio, e precisamos solucionar um dos problemas das propriedades rurais: a sucessão e continuidade das atividades. Para isso é fundamental o entendimento entre as diferentes gerações de produtores rurais, os filhos precisam participar dos negócios e, mais do que o trabalho físico, implantar atividades de planejamento e gerenciamento. Nesse contexto a Languiru contribui significativamente com a proposta do Programa de Sucessão Familiar.”

O primeiro encontro do grupo também foi acompanhado pelos coordenadores dos setores de Aves, Suínos e Leite do Departamento Técnico da Languiru, Sinésio Wilsmann, Beto Markus e Fernando Staggemeier, e colaboradores da Languiru.

Primeira turma

O primeiro grupo a participar do Programa de Sucessão Familiar da Languiru conta com 118 inscritos. Eles são associados produtores de aves, suínos e leite, vindos dos municípios de Teutônia, Colinas, Travesseiro, Estrela, Imigrante, Westfália, Cruzeiro do Sul, Arroio do Meio, Paverama, São Pedro da Serra, Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Fazenda Vilanova, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul e Maratá. A grande maioria é de homens, com 15 mulheres inscritas, a partir dos 14 anos de idade.

Cronograma

Os encontros da turma ocorrem sempre na terceira quinta-feira de cada mês, das 9h30min às 12h30min, na Associação dos Funcionários da Languiru. Depois da aula inaugural, a próxima está agendada para o dia 16 de janeiro de 2014.

Dividido em módulos, o conteúdo programático concilia teoria e prática, com encontros mensais e visitas sistemáticas a propriedades com a implementação de sistemas informatizados de gestão. Ao todo, serão 26 meses de formação, com a conclusão em dezembro de 2015.

A grade curricular irá abordar produção agropecuária e as características de gestão, tecnologias de informações gerenciais para a agropecuária, gestão patrimonial, gestão de custos, gestão de resultados, gestão de projetos, gestão financeira, gestão de pessoas e da sucessão, associativismo, cooperativismo e alianças estratégicas.

O plano operacional de visitas às propriedades geradoras de informações gerenciais prevê instalação das ferramentas, levantamento patrimonial, controle e planejamento dos gastos da propriedade, custos por atividade, receitas e dados da produção por atividade, montagem de projetos, sucessão familiar na propriedade e avaliação final do projeto.

Os participantes que atingirem 75% de presença nos encontros mensais receberão certificado de 80 horas como Formação em Gestão de Empreendimentos Rurais Familiares. Já os participantes representantes das propriedades envolvidas no estudo prático terão direito a certificado de 240 horas como Formação e Implantação da Gestão de Empreendimentos Rurais Familiares.

No caminho da sucessão familiar

Paulo Roberto Birck (33) reside em Linha São Jacó, interior do município de Estrela, e iniciou na prática a sucessão familiar na propriedade dos pais Paulo Jacob (56) e Glaci Regina (55). Junto com o irmão Pedro Alberto (32), eles auxiliam na produção de leite como associados da Languiru.

Cadeirante há dez anos, após sofrer acidente de trabalho, Paulo contribui no gerenciamento da propriedade e está empolgado com a formação oferecida pela cooperativa. “A agricultura vive um novo momento, em que percebe a importância dos estudos e da qualificação para sua eficiência. As propriedades rurais são empresas que precisam ser geridas e organizadas, em que se tenha o controle financeiro de tudo. Com certeza a Languiru está dando um passo importante para a permanência do jovem no campo, dando continuidade a atividade iniciada pelos pais e avós”, frisou, destacando ainda a importância de políticas públicas que valorizem e deem condições para que jovens produtores rurais sigam na atividade.

A propriedade dos Birck é uma das seis selecionadas pela Languiru como geradora de informações gerenciais. “A expectativa é muito positiva, com a possibilidade de aprender coisas novas, mesmo tendo passado pela faculdade e curso técnico, é uma oportunidade de reaprender. Para muitos, esta será uma faculdade, com detalhes que muitas vezes não seriam estudados na teoria e na prática em outras formações”, avalia Paulo, que decidiu ‘tocar’ a propriedade do pai.

O jovem não poupa elogios ao programa. “Será uma excelente oportunidade para aprendermos mais sobre cooperativismo, isso nos dá motivação e confiança para produzir. Certamente os frutos desse trabalho serão colhidos daqui a alguns anos, com a qualificação de longo prazo que prepara os jovens, que são os sucessores da atividade rural. Os jovens não querem tomar o lugar dos pais, mas se unir a eles e construir juntos”, concluiu, acrescentando que seus pais estão empolgados em poder contribuir e mostrar o processo de sucessão que iniciaram na sua propriedade.

CIC Vale do Taquari

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