Ocorre nesta sexta-feira, dia 20, audiência com o senador Paulo Paim, agendada pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), para buscar apoio à liberação imediata, pela Funai, dos dois quilômetros ainda restantes da obra junto ao acesso a Bom Retiro do Sul. A inviabilidade do término da duplicação ocorre devido a não remoção de uma família de indígenas da faixa de domínio da BR-386, por onde passará a nova pista de rolamento.
“O consórcio construtor da obra avisou que, uma vez terminado o restante do trecho –possivelmente em maio – a deixará, de pleno direito”, comenta o presidente da CIC-VT, Oreno Ardêmio Heineck. “Teremos então um gargalo de dois quilômetros não duplicados, num trecho de 33 quilômetros, porque ali a Funai deixou uma família indígena de forma imotivada”, alerta o líder empresarial.
Desastre
A iniciativa da CIC-VT de buscar solução junto ao senador decorre da perspectiva de a Funai apenas liberar o trecho quando construída a nova aldeia, o que levará cerca de dois anos. “Agora que, definitivamente, assegurados de forma ampla e concreta os direitos dos indígenas, em condições de bem estar jamais imaginadas por eles, entendemos que a Funai pode perfeitamente deslocar esta família para uma casa junto às que abrigam os demais integrantes da aldeia, liberando o trecho para as obras finais da estrada”, justifica Heineck. Acrescenta que “o Vale do Taquari e as demais regiões localizadas acima não podem sequer conviver com a hipótese e ter ali dois quilômetros não duplicados, o que seria um desastre.”
Integram também a comitiva os presidentes da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), prefeito Sidnei Eckert; do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) e da Comissão Pró Duplicação da BR-386 – trecho Estrela/Tabaí, Cíntia Agostini, e os prefeitos de Estrela, Carlos Rafael Mallmann, e Lajeado, Luís Fernando Schmidt.
